Entenda o que é e como funciona o clareamento interno

clareamento interno

16/06/2021 | Por: OdontoBusca

Não é novidade para ninguém que o clareamento dental é um dos procedimentos estéticos mais procurados no consultório odontológico.

O que muita gente ainda não sabe é que, além do clareamento dental a laser e do clareamento dental com moldeira, existe uma técnica específica que leva o nome de clareamento interno.

E que, por mais que sua finalidade seja branquear os dentes, assim como os demais métodos, ela não é realizada na superfície dentária.

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Pelo nome, já dá para ter uma ideia do que se trata, não é mesmo?

Mas nesse artigo, você vai entender mais a fundo o que é o clareamento interno, seus prós e contras, em quais casos ele é indicado e como o procedimento funciona na prática.

O que podemos adiantar é que se trata de uma técnica conservadora, segura, e de menor custo, que tem sido motivo de grande satisfação entre os pacientes que passam por esse tipo de procedimento.

Veja tudo que será abordado sobre o assunto:

  • Entenda o que é o clareamento interno
  • Em quais casos o clareamento interno é indicado
  • As três formas básicas de realizar o clareamento endógeno
  • Mas, antes, uma avaliação completa do quadro
  • Como o procedimento é realizado na prática
  • Os prós e contras do clareamento interno
  • E quando o clareamento interno não é a melhor opção?
  • Clareamento interno também demanda alguns cuidados especiais

Entenda o que é o clareamento interno

Apesar de ser conhecido por pouca gente, o clareamento interno tem a mesma finalidade da técnica convencional: devolver a cor natural dos dentes e melhorar a estética do sorriso.

Também intitulado de clareamento endógeno, tem como principal diferença o fato de ser utilizado somente em casos específicos, conforme veremos adiante.

Mas já adiantamos que é um tratamento voltado principalmente para dentes desvitais, ou seja, que passaram pelo tratamento de canal.

Se diferencia também pela sua forma de condução, já que o agente clareador é aplicado na parte interna do dente e não na superfície, como acontece no clareamento tradicional.

Mas não há com o que se preocupar, pois o procedimento preserva os tecidos dentais e não altera a forma e nem textura do dente.

Isso acontece porque a técnica utiliza o mesmo acesso usado na endodontia e desgasta apenas o suficiente para limpeza no sistema de canais.

Sendo considerada, portanto, segura, conservadora e uma excelente opção para os casos em que o clareamento tradicional não consegue restabelecer a coloração natural do sorriso.

Em quais casos o clareamento interno é indicado

O clareamento interno é uma técnica voltada, em primeiro lugar, para pacientes que enfrentam problemas de socialização e autoestima por conta de escurecimento dentário.

Principalmente quando um dente destoa dos demais ou quando o clareamento convencional, seja a laser ou com moldeira, não consegue solucionar o problema.

Apesar de que o clareamento interno também pode ser realizado como complemento da técnica tradicional.

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Clareamento dental com moldeira: uma opção segura, prática e acessível

É destinado, sobretudo, para dentes que já passaram por tratamento endodôntico, popularmente conhecido como tratamento de canal.

Para quem não sabe, traumatismo, derramamento de sangue na parte de interna, materiais restauradores, como o amálgama, e limpeza inadequada após o término do procedimento estão entre os fatores que costumam causar esse escurecimento.

Além de fatores sistêmicos, tais como porfiria congênita, hepatite neonatal, amelogênese e dentinogênese imperfeitas, fluorose, derivados da tetraciclina, escurecimento fisiológico e hipoplasia de esmalte.

Entenda o que é a fluorose e quais são seus efeitos no esmalte dos dentes

Também é indicado para pacientes que sofreram algum tipo de fratura dental que tenha provocado hemorragias internas ou necrose na polpa.

Lembrando que o procedimento garante melhores resultados em pacientes jovens com escurecimentos recentes.

E em dentes com integridade estrutural, cujos elementos vizinhos não tenham restaurações ou próteses.

E por mais que não exista restrição de idade, o ápice dentário precisa estar formado para que o clareamento interno seja realizado.

As três formas básicas de realizar o clareamento endógeno

Existem três formas para realização do clareamento interno: mediata, imediata ou mista, sem descartar a possibilidade de associação de procedimentos.

Na mediata, o agente clareador é aplicado no interior da câmara pulpar por um período que vai de três a sete dias e trocado até que a cor desejada seja obtida.

Já na imediata, o produto também é inserido na parte interna do dente e, ainda, sobre a superfície vestibular do elemento dentário.

Neste caso, o resultado é obtido após protocolo clínico, seja fotoassistido ou não. Por fim, a técnica mista é a combinação das outras duas.

Mas, antes, uma avaliação completa do quadro

clareamento interno

Antes de iniciar o tratamento, o paciente passar por exames clínico e radiográfico para avaliar se existe realmente indicação de realização

Antes de iniciar o clareamento interno, o paciente deve passar por uma avaliação completa do quadro. O que inclui exame clínico e radiográfico para um correto diagnóstico.

Nesta etapa, o profissional dentista também verifica se há algum dente necrosado. Em caso afirmativo, o paciente deverá passar por um tratamento endodôntico antes.

No caso dos pacientes que já realizaram o tratamento de canal, o cirurgião-dentista avalia a qualidade do serviço e analisa se há ou não necessidade de retratamento.

Também é verificado se o paciente conta com uma abertura endodôntica conservadora e boa estrutura dentária remanescente.

E, quando o clareamento interno é realmente indicado, o paciente passar por uma profilaxia odontológica antes.

E, posteriormente, o registro da tonalidade dos dentes é realizado, por meio de escalas de cor e/ou fotografia, para acompanhar a evolução do tratamento.

Como o procedimento é realizado na prática

Em simples palavras, o dentista faz uma abertura na parte de trás do dente para ter acesso à parte escurecida que passará pelo clareamento interno.

Essa porção interna da coroa passa por uma limpeza e preparo. E, posteriormente, uma proteção é feita na entrada do canal, com cimento de ionômero de vidro ou resina composta.

Em seguida, o agente clareador é aplicado e ali permanece pelo período estabelecido pelo profissional dentista.

O produto é trocado semanalmente até atingir a cor desejada, mas, em geral, o procedimento é feito em uma, duas ou três sessões.

Há casos, inclusive, em que a luz de LED é utilizada para potencializar a ação e garantir resultados mais rápidos.

Importante destacar, ainda, que o procedimento utiliza substâncias com elevado potencial de liberação de oxigênio.

Tais como peróxido de carbamida ou de hidrogênio, perborato de sódio diluído em água destilada e cristal de ureia.

Os prós e contras do clareamento interno

O clareamento interno chama atenção, primeiramente, por se tratar de uma técnica simples, segura e de baixo custo para deixar os dentes mais brancos.

Além de ser considerada uma solução estética conservadora, já que o processo é feito internamente e não promove desgastes no esmalte dentário.

Se apresenta, ainda, como um método eficaz e de resultados rápidos e satisfatórios, sobretudo no que diz respeito aos ganhos estéticos.

E não costuma oferecer riscos ao paciente, quando bem indicado e realizado por um profissional capacitado e experiente.

Por outro lado, em caso de desgastes adicionais, pode causar sim prejuízos estéticos e ainda comprometer a resistência dental.

E em casos de pacientes cujos dentes permaneceram escurecidos por um longo período, também existe um alto índice de recidiva.

Alguns profissionais ainda costumam apontar a possibilidade de reabsorção radicular externa, principalmente quando o agente clareador atinge o periodonto lateral.

E quando o clareamento interno não é a melhor opção?

clareamento interno

Nos casos em que o clareamento convencional não surte efeito e o clareamento interno não é indicado, as facetas ou lentes de contato dentais podem ser a melhor opção

Você deve estar se perguntando o que fazer quando a técnica convencional não surtir efeito.

E o clareamento interno também não for indicado pelo profissional dentista, como acontece em pacientes com próteses na região anterior.

Nesses casos, geralmente a alternativa é optar pelas facetas de porcelana ou lentes de contato dentais.

Um tratamento indolor e realizado em poucas sessões que consiste na colocação de próteses ultrafinas na superfície dentária para restabelecer suas funções estética e funcional.

Enquanto as lentes de contato são mais finas, as facetas costumam ser destinadas para casos mais graves de manchas, dentes com múltiplas restaurações ou preparos mais amplos.

Veja também: Facetas dentárias de resina ou porcelana: qual é a melhor?
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Clareamento interno também demanda alguns cuidados especiais

Assim como acontece no clareamento convencional, o paciente que é submetido ao clareamento interno também deve tomar alguns cuidados.

A começar evitando o consumo de alimentos e bebidas pigmentadas, com coloração forte e muita acidez, sobretudo durante o procedimento.

Como, por exemplo, vinho, beterraba, açafrão, café, açaí, shoyu, suco de uva integral, molho pronto, chá, refrigerantes, entre outros.

Também é aconselhável reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro.

Aliás, para quem deseja manter o resultado do clareamento por mais tempo, o ideal mesmo é abandonar o tabagismo.

Dependendo da técnica de clareamento interno adotada, alguns profissionais ainda recomendam não mastigar com os dentes que estão em tratamento, principalmente enquanto houver restauração provisória.

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