Ir ao dentista já costuma ser uma experiência tensa para algumas pessoas. E quando falamos de consultório odontológico e Covid, a preocupação se torna ainda maior.
Afinal, ninguém quer correr o risco de “pegar” coronavírus, quando se sai de casa com o objetivo de garantir saúde, não é mesmo?
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Mas a verdade é que uma série de medidas vêm sendo adotadas para garantir a segurança do atendimento no consultório odontológico, mesmo em tempos de COVID-19.
E é sobre isso que falaremos nesse artigo. Além de abordar se é possível esperar a pandemia acabar para procurar o dentista e em quais casos a consulta não deve ser adiada.
Confira tudo que será abordado sobre o assunto:
- Consultório odontológico e Covid
- O que é o COVID-19 e como ele é transmitido
- Sintomas, diagnóstico e prevenção do coronavírus
- Por que consultório odontológico e covid geram tanto receio e preocupação?
- Várias medidas vêm sendo adotadas para minimizar os riscos e garantir a segurança
- Recomendações para atendimentos odontológicos em tempos de COVID-19
- Como proceder em casos não emergenciais
- Consultório odontológico e covid: quando a consulta NÃO deve ser adiada
O que você vai conferir!
Consultório odontológico e Covid
A pandemia de Covid-19 trouxe impacto de várias ordens à vida das pessoas.
E, por mais que a vacinação esteja em andamento em todo o mundo, os cuidados preventivos não podem ser abandonados.
Acostumados a passar meses saindo de casa apenas para o estritamente necessário, bate aquela dúvida: será que é possível voltar a frequentar o consultório odontológico com segurança?
Para algumas pessoas, isso pode até ser uma escolha. Como nos casos, por exemplo, de quem deseja passar por procedimentos preventivos. Certo?
Errado! A verdade é que, mesmo tratamentos mais simples, se adiados por um longo prazo, podem apresentar riscos no futuro, conforme falaremos mais adiante.
Além do mais, para alguns pacientes, a visita ao dentista pode ser necessária ou até mesmo obrigatória.
Desta forma, as perguntas certas passam a ser: “quando posso ou não adiar a consulta” e “como garantir uma visita segura ao consultório odontológico em plena pandemia? ”.
E é justamente sobre isso que falaremos neste artigo. Continue lendo para saber mais a respeito.
O que é o COVID-19 e como ele é transmitido
Mas antes de abordarmos a relação entre consultório odontológico e Covid, é preciso, em primeiro lugar, falarmos um pouco sobre essa doença.
Descoberta em dezembro de 2019, após casos registrados na China, a COVID-19 é uma infecção respiratória aguda causada pelo coronavírus SARS-CoV-2.
Somente no Brasil, mais de 19 milhões de casos e 533 mil óbitos foram registrados até 11 de julho de 2021. No mundo, já são mais de 186 milhões de casos 4 milhões mortes.
Além de potencialmente grave, possui uma elevada transmissibilidade, sobretudo pelo ar ou por contato pessoal com secreções contaminadas.
Decorrentes, por exemplo, de espirro, tosse, catarro, toque ou aperto de mão e contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com boca, nariz ou olhos.
Sintomas, diagnóstico e prevenção do coronavírus
De forma geral, os sinais e sintomas do coronavírus aparecem de 2 a 14 dias após a infecção e são similares ao do resfriado: tosse, dor de garganta, coriza, febre e dificuldade para respirar.
Contudo, a doença também pode causar infecção do trato respiratório inferior, como pneumonia, e outras complicações.
A questão é que nem todo paciente apresenta sinais e sintomas. E, ainda assim, oferece risco de transmitir a doença.
É por isso que o recomendado é evitar aglomerações, manter distância segura e os ambientes bem ventilados e não compartilhar objetos pessoais.
Usar máscara corretamente, cobrir o nariz e a boca ao espirrar e tossir, usar álcool em gel e lavar as mãos com água e sabão também são medidas importantes para prevenir o contágio.
Já o diagnóstico é feito por investigação clínica-epidemiológica, anamnese e exame físico, como diagnósticos laboratorial e de imagem.
O recomendável é procurar imediatamente um atendimento nos serviços de saúde, em caso de sintomas, e seguir as orientações médicas, que podem variar conforme o caso.
Por que consultório odontológico e covid geram tanto receio e preocupação?
Agora que já falamos a respeito do coronavírus, fica mais fácil abordar a relação entre consultório odontológico e covid.
E porque as consultas com o profissional dentista têm gerado tanto receio e preocupação na população.
Como uma das principais vias de transmissão é a respiratória, ficar sem máscara em um ambiente fechado, por si só, já é sinônimo de apreensão.
E quando se trata do consultório odontológico, essa aflição pode se tornar ainda maior já que o paciente precisa ficar com a boca aberta o tempo todo e frente a frente com o dentista.
Além disso, a realização de determinados procedimentos acaba aumentando o risco de gotículas escaparem da boca, bem como a formação de aerossóis.
E como já mencionado anteriormente, mesmo sem apresentar sintomas ou ter o diagnóstico, o paciente pode estar infectado.
O que significa que essas pequenas partículas podem conter coronavírus e permanecer no ar por algum tempo, torando o ambiente odontológico propício para disseminação do SARS-CoV-2.
Várias medidas vêm sendo adotadas para minimizar os riscos e garantir a segurança
Em contrapartida, uma série de medidas vêm sendo adotadas para minimizar o risco de transmissão de covid tanto dentro, quanto fora do consultório odontológico.
Confira algumas das precauções realizadas antes mesmo do atendimento:
- Na hora do agendamento ou confirmação da consulta, o paciente é instruído a adiar sua ida se tiver apresentado sintomas ou ter tido contato com alguém que testou positivo nos últimos 14 dias;
- As secretárias também costumam orientar sobre a obrigatoriedade de uso da máscara e a proibição da presença de acompanhantes, já explicitando as exceções;
- Além de reforçar a importância da pontualidade para evitar aglomeração na recepção;
- A temperatura é aferida na entrada da clínica, preferencialmente com termômetro de testa;
- Pacientes com temperatura acima de 37,3 graus C não têm o acesso liberado e não são atendidos;
- Na sala de espera, algumas cadeiras são isoladas para manter a distância de cerca de um metro entre os pacientes;
- Grande parte dos profissionais têm atendido menos pacientes no dia e aumentado o intervalo entre os atendimentos, para reduzir as interações entre as pessoas;
- Frascos de álcool em gel a 70% são disponibilizados em vários pontos da sala de espera;
- Assim como orientações para uso correto da máscara, higiene das mãos e etiqueta respiratória e da tosse, entre outras;
- Muitas clínicas e consultórios também optaram por desligar o ar-condicionado e abrir as portas e janelas para aumentar a ventilação.
Recomendações para atendimentos odontológicos em tempos de COVID-19
Além disso, o próprio Conselho Federal de Odontologia vem repassando algumas recomendações para atendimentos odontológicos em tempos de COVID-19.
Entre as principais estão:
- O dentista deverá realizar, frequentemente e rigorosamente, a higiene das mãos, inclusive antes e depois da retirada das luvas;
- Profissional e equipe têm que utilizar equipamentos de proteção individual, como máscara, óculos, viseira, luva, gorro e jaleco/capote durante os atendimentos;
- Em procedimentos que geram aerossóis, o indicado é usar máscara N95 ou PFF2 ou respiradores reutilizáveis, que oferecem melhor proteção;
- Bochechos com Peróxido de Hidrogênio a 1% antes de cada atendimento ou Iodopovidona a 0,2% são recomendados para reduzir a carga salivar;
- Diques de borracha são adotados nos procedimentos, sempre que possível, para isolar a área.
- Caso contrário, instrumentos manuais têm prioridade em relação aos aparelhos ultrassônicos para minimizar a geração de aerossóis;
- Sugadores potentes são utilizados para diminuir a disseminação de aerossóis no ambiente;
- As máscaras devem ser trocadas a cada paciente ou até mesmo mais de uma vez no mesmo paciente, se estiver molhada, por exemplo;
- Respiradores reutilizáveis, protetores de face ou viseiras devem ser desinfetados a cada paciente;
- Todo o material deverá ser esterilizado em autoclaves e as peças de mão deverão ser autoclavadas para cada paciente;
- Uma desinfecção rigorosa é realizada com Hipoclorito de Sódio a 0,1% ou Peróxido de Hidrogênio a 0,5% e álcool a 70% em todo consultório, principalmente nas superfícies tocadas, e barreiras de proteção são trocadas a cada paciente;
Como proceder em casos não emergenciais
No início da pandemia de COVID-19, a recomendação era adiar os atendimentos não emergenciais por precaução.
Mas nessa fase da pandemia em que nos encontramos, de forma geral, não há problema algum em retomar as consultas odontológicas, mesmo que para procedimentos de rotina.
Afinal, conforme você pôde ver, várias precauções estão sendo tomadas para garantir a segurança do atendimento. E o risco acaba sendo mínimo.
Entretanto, se você ainda não se sente seguro, tudo bem aguardar algumas semanas ou até mesmo um mês, se estivermos falando de casos não emergenciais.
Por outro lado, como não sabemos quando a pandemia irá acabar, postergar os cuidados odontológicos de rotina por um longo período pode significar riscos para o paciente.
No caso da limpeza dental, por exemplo, a saúde da gengiva está diretamente relacionada com doenças como a diabete e conectadas com doenças cardíacas.
A importância da limpeza dental na prevenção de doenças bucais
E como grande parte das pessoas aumentou a dieta cariogênica nesse período e muitas vezes não têm realizado uma higiene bucal eficiente, o procedimento passa a ser essencial para evitar problemas maiores.
Em contrapartida, se o paciente é idoso, depende de transporte público ou tem doenças preexistentes, por exemplo, vale a pena conversar com o dentista e confirmar se o tratamento pode esperar.
A saúde bucal do idoso e os cuidados nesta fase da vida
Consultório odontológico e covid: quando a consulta NÃO deve ser adiada
No entanto, existem algumas situações em que a visita ao consultório odontológico não deve ser adiada.
Como, por exemplo, inflamações da polpa dentária, dor de dente aguda, inchaço na gengiva ou no rosto, sangramento gengival frequente, cárie extensa ou restaurações problemáticas.
E também dores relacionadas ao siso ou tratamento de canal, infecções após extração dentária, abscessos de origem dentária ou periodontal, fraturas e traumas com movimentação ou perda do dente.
O mesmo vale para pacientes que precisarem ajustar ou reparar próteses dentárias fixas ou removíveis e fios ou bráquetes do aparelho fixo que estão causando lesões.
E, ainda, para aqueles que precisam iniciar ou finalizar algum tratamento médico que depende da finalização do tratamento odontológico.
Qualquer outra dúvida relacionada ao consultório odontológico e covid, não deixe de procurar o cirurgião-dentista de sua confiança. Conforme você pode ver nesse artigo, ele está mais do que preparado para respondê-la.