Não é novidade para ninguém que o clareamento dental é um dos procedimentos estéticos mais procurados no consultório odontológico.
O que muita gente ainda não sabe é que, além do clareamento dental a laser e do clareamento dental com moldeira, existe uma técnica específica que leva o nome de clareamento interno.
E que, por mais que sua finalidade seja branquear os dentes, assim como os demais métodos, ela não é realizada na superfície dentária.
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Pelo nome, já dá para ter uma ideia do que se trata, não é mesmo?
Mas nesse artigo, você vai entender mais a fundo o que é o clareamento interno, seus prós e contras, em quais casos ele é indicado e como o procedimento funciona na prática.
O que podemos adiantar é que se trata de uma técnica conservadora, segura, e de menor custo, que tem sido motivo de grande satisfação entre os pacientes que passam por esse tipo de procedimento.
Veja tudo que será abordado sobre o assunto:
- Entenda o que é o clareamento interno
- Em quais casos o clareamento interno é indicado
- As três formas básicas de realizar o clareamento endógeno
- Mas, antes, uma avaliação completa do quadro
- Como o procedimento é realizado na prática
- Os prós e contras do clareamento interno
- E quando o clareamento interno não é a melhor opção?
- Clareamento interno também demanda alguns cuidados especiais
O que você vai conferir!
Entenda o que é o clareamento interno
Apesar de ser conhecido por pouca gente, o clareamento interno tem a mesma finalidade da técnica convencional: devolver a cor natural dos dentes e melhorar a estética do sorriso.
Também intitulado de clareamento endógeno, tem como principal diferença o fato de ser utilizado somente em casos específicos, conforme veremos adiante.
Mas já adiantamos que é um tratamento voltado principalmente para dentes desvitais, ou seja, que passaram pelo tratamento de canal.
Se diferencia também pela sua forma de condução, já que o agente clareador é aplicado na parte interna do dente e não na superfície, como acontece no clareamento tradicional.
Mas não há com o que se preocupar, pois o procedimento preserva os tecidos dentais e não altera a forma e nem textura do dente.
Isso acontece porque a técnica utiliza o mesmo acesso usado na endodontia e desgasta apenas o suficiente para limpeza no sistema de canais.
Sendo considerada, portanto, segura, conservadora e uma excelente opção para os casos em que o clareamento tradicional não consegue restabelecer a coloração natural do sorriso.
Em quais casos o clareamento interno é indicado
O clareamento interno é uma técnica voltada, em primeiro lugar, para pacientes que enfrentam problemas de socialização e autoestima por conta de escurecimento dentário.
Principalmente quando um dente destoa dos demais ou quando o clareamento convencional, seja a laser ou com moldeira, não consegue solucionar o problema.
Apesar de que o clareamento interno também pode ser realizado como complemento da técnica tradicional.
Clareamento dental a laser: como funciona, prós, contras e riscos
Clareamento dental com moldeira: uma opção segura, prática e acessível
É destinado, sobretudo, para dentes que já passaram por tratamento endodôntico, popularmente conhecido como tratamento de canal.
Para quem não sabe, traumatismo, derramamento de sangue na parte de interna, materiais restauradores, como o amálgama, e limpeza inadequada após o término do procedimento estão entre os fatores que costumam causar esse escurecimento.
Além de fatores sistêmicos, tais como porfiria congênita, hepatite neonatal, amelogênese e dentinogênese imperfeitas, fluorose, derivados da tetraciclina, escurecimento fisiológico e hipoplasia de esmalte.
Entenda o que é a fluorose e quais são seus efeitos no esmalte dos dentes
Também é indicado para pacientes que sofreram algum tipo de fratura dental que tenha provocado hemorragias internas ou necrose na polpa.
Lembrando que o procedimento garante melhores resultados em pacientes jovens com escurecimentos recentes.
E em dentes com integridade estrutural, cujos elementos vizinhos não tenham restaurações ou próteses.
E por mais que não exista restrição de idade, o ápice dentário precisa estar formado para que o clareamento interno seja realizado.
As três formas básicas de realizar o clareamento endógeno
Existem três formas para realização do clareamento interno: mediata, imediata ou mista, sem descartar a possibilidade de associação de procedimentos.
Na mediata, o agente clareador é aplicado no interior da câmara pulpar por um período que vai de três a sete dias e trocado até que a cor desejada seja obtida.
Já na imediata, o produto também é inserido na parte interna do dente e, ainda, sobre a superfície vestibular do elemento dentário.
Neste caso, o resultado é obtido após protocolo clínico, seja fotoassistido ou não. Por fim, a técnica mista é a combinação das outras duas.
Mas, antes, uma avaliação completa do quadro
Antes de iniciar o clareamento interno, o paciente deve passar por uma avaliação completa do quadro. O que inclui exame clínico e radiográfico para um correto diagnóstico.
Nesta etapa, o profissional dentista também verifica se há algum dente necrosado. Em caso afirmativo, o paciente deverá passar por um tratamento endodôntico antes.
No caso dos pacientes que já realizaram o tratamento de canal, o cirurgião-dentista avalia a qualidade do serviço e analisa se há ou não necessidade de retratamento.
Também é verificado se o paciente conta com uma abertura endodôntica conservadora e boa estrutura dentária remanescente.
E, quando o clareamento interno é realmente indicado, o paciente passar por uma profilaxia odontológica antes.
E, posteriormente, o registro da tonalidade dos dentes é realizado, por meio de escalas de cor e/ou fotografia, para acompanhar a evolução do tratamento.
Como o procedimento é realizado na prática
Em simples palavras, o dentista faz uma abertura na parte de trás do dente para ter acesso à parte escurecida que passará pelo clareamento interno.
Essa porção interna da coroa passa por uma limpeza e preparo. E, posteriormente, uma proteção é feita na entrada do canal, com cimento de ionômero de vidro ou resina composta.
Em seguida, o agente clareador é aplicado e ali permanece pelo período estabelecido pelo profissional dentista.
O produto é trocado semanalmente até atingir a cor desejada, mas, em geral, o procedimento é feito em uma, duas ou três sessões.
Há casos, inclusive, em que a luz de LED é utilizada para potencializar a ação e garantir resultados mais rápidos.
Importante destacar, ainda, que o procedimento utiliza substâncias com elevado potencial de liberação de oxigênio.
Tais como peróxido de carbamida ou de hidrogênio, perborato de sódio diluído em água destilada e cristal de ureia.
Os prós e contras do clareamento interno
O clareamento interno chama atenção, primeiramente, por se tratar de uma técnica simples, segura e de baixo custo para deixar os dentes mais brancos.
Além de ser considerada uma solução estética conservadora, já que o processo é feito internamente e não promove desgastes no esmalte dentário.
Se apresenta, ainda, como um método eficaz e de resultados rápidos e satisfatórios, sobretudo no que diz respeito aos ganhos estéticos.
E não costuma oferecer riscos ao paciente, quando bem indicado e realizado por um profissional capacitado e experiente.
Por outro lado, em caso de desgastes adicionais, pode causar sim prejuízos estéticos e ainda comprometer a resistência dental.
E em casos de pacientes cujos dentes permaneceram escurecidos por um longo período, também existe um alto índice de recidiva.
Alguns profissionais ainda costumam apontar a possibilidade de reabsorção radicular externa, principalmente quando o agente clareador atinge o periodonto lateral.
E quando o clareamento interno não é a melhor opção?
Você deve estar se perguntando o que fazer quando a técnica convencional não surtir efeito.
E o clareamento interno também não for indicado pelo profissional dentista, como acontece em pacientes com próteses na região anterior.
Nesses casos, geralmente a alternativa é optar pelas facetas de porcelana ou lentes de contato dentais.
Um tratamento indolor e realizado em poucas sessões que consiste na colocação de próteses ultrafinas na superfície dentária para restabelecer suas funções estética e funcional.
Enquanto as lentes de contato são mais finas, as facetas costumam ser destinadas para casos mais graves de manchas, dentes com múltiplas restaurações ou preparos mais amplos.
Veja também: Facetas dentárias de resina ou porcelana: qual é a melhor?
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Clareamento interno também demanda alguns cuidados especiais
Assim como acontece no clareamento convencional, o paciente que é submetido ao clareamento interno também deve tomar alguns cuidados.
A começar evitando o consumo de alimentos e bebidas pigmentadas, com coloração forte e muita acidez, sobretudo durante o procedimento.
Como, por exemplo, vinho, beterraba, açafrão, café, açaí, shoyu, suco de uva integral, molho pronto, chá, refrigerantes, entre outros.
Também é aconselhável reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e de cigarro.
Aliás, para quem deseja manter o resultado do clareamento por mais tempo, o ideal mesmo é abandonar o tabagismo.
Dependendo da técnica de clareamento interno adotada, alguns profissionais ainda recomendam não mastigar com os dentes que estão em tratamento, principalmente enquanto houver restauração provisória.