Dentista para crianças especiais pode se tornar uma missão quase impossível em alguns casos.
Isso porque quem tem deficiências, distúrbios e/ou doenças acaba precisando de um cuidado especial, em todos os sentidos.
E a verdade é que, nem todo mundo que precisa, encontra serviços direcionados para esse público.
E o mais grave é que a dificuldade ou até ausência de um atendimento qualificado pode comprometer diretamente a saúde bucal de quem precisa de uma abordagem diferenciada.
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A boa notícia é que existem sim especialistas em odontologia para pacientes com necessidades especiais preparados para atender e tratar desse público.
E é justamente sobre isso que falaremos neste artigo: a importância deste profissional, o público que ele atende, sua atuação e os cuidados especiais que essas crianças demandam.
Confira tudo que será abordado sobre o assunto:
- Dentista para crianças especiais: entenda porque este profissional é tão importante
- Confira quem faz parte do público atendido por este profissional
- O que faz o dentista para crianças especiais
- Técnicas e recursos especiais garantem conforto e segurança no atendimento
- Acompanhamento odontológico deve ser permanente
- Público apresenta maior propensão a problemas dentários
- Medidas odontológicas preventivas para pais e cuidadores de crianças especiais
- Higienização bucal merece atenção redobrada
O que você vai conferir!
Dentista para crianças especiais: entenda porque este profissional é tão importante
Visitar o dentista nem sempre é um programa fácil. Para pais ou cuidadores de bebês e crianças, principalmente, essa simples tarefa pode se tornar um grande desafio.
E quando se trata de crianças com limitações físicas ou comportamentais, a situação pode ficar ainda mais complicada.
Isso porque trata-se de um público mais exigente, que demanda um atendimento e assistência mais abrangente e especial.
Mas, infelizmente, nem sempre é o que acontece na prática. Muitas crianças especiais, inclusive, se sentem invisíveis na odontologia.
Justamente pela falta de serviços direcionados a este público mais fragilizado e que tende a apresentar limitações inclusive nas atividades diárias, como na higienização bucal.
E ainda pelo despreparo de muitos profissionais. Mas a boa notícia é que existe sim dentista para crianças especiais.
Um profissional especializado e capacitado que investe em um atendimento adequado e humanizado a fim de oferecer uma melhor qualidade de vida para esses pacientes.
Continue lendo esse artigo para saber mais sobre sua atuação.
Confira quem faz parte do público atendido por este profissional
Antes de abordarmos alguns diferenciais sobre a atuação do dentista para crianças especiais, é importante entender quem é esse público.
De forma geral, o dentista para crianças especiais atende meninos e meninas com qualquer doença ou situação clínica que demande atendimento odontológico diferenciado.
O que inclui condições físicas ou sistêmicas que os limitem tanto definitivamente, quanto temporariamente.
E, portanto, vai muito além de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Síndrome de Down.
Para ficar mais fácil de entender, vamos citar algumas das condições que são contempladas nesse tipo de atendimento. Confira:
- Distúrbios psíquicos
- Síndromes
- Distúrbios comportamentais
- Deficiência física, seja de linguagem, visual ou neuromotora
- Distúrbios emocionais
- Deficiências motoras
- Distúrbios neurológicos
- Paralisias
- Malformações
- Doenças crônicas
- Deficiências de aprendizagem e de desenvolvimento
- Doenças psiquiátricas
- Cadeirantes
- Crianças que sofrem de fobia
- Entre outras.
O que faz o dentista para crianças especiais
O dentista para crianças especiais é um profissional preparado para a prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de problemas que comprometam a saúde bucal desses pacientes.
Mas não somente isso. Sua atuação é diferenciada, pois considera todos os aspectos envolvidos nesses distúrbios, síndromes e deficiências.
Isso com o propósito de adequar o atendimento e tratamento às necessidades desse público, utilizando uma série de técnicas e recursos específicos, conforme veremos a seguir.
Significa que o dentista para crianças especiais tem conhecimento e experiência suficiente para saber como lidar com as limitações que podem interferir no processo de colaboração do paciente.
Não é à toa que seu trabalho costuma acontecer de forma integrada, com estímulos de outras áreas da saúde, como psicologia, fonoaudiologia e medicina.
Técnicas e recursos especiais garantem conforto e segurança no atendimento
Figuras, fantoches, marionetes e brinquedos que facilitem a interação com a criança são alguns dos recursos conhecidos da odontopediatria.
Odontopediatria para cuidar dos dentes de um jeito feliz e divertido
No caso do dentista para crianças especiais, esses instrumentos até podem se fazer presentes em alguns atendimentos.
Mas a verdade é que não é uma regra, pois cada condição irá requerer um meio de aproximação diferente do profissional dentista com o paciente.
No caso de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), por exemplo, o excesso de estímulos como sons, cheiros, texturas e imagens podem, inclusive, serem prejudiciais.
O que significa que, em determinados casos, simplificar o ambiente sensorial pode ser a melhor opção.
Até mesmo para permitir que o paciente consiga focar nas interações sociais e aprender novas habilidades.
Importante destacar que, quando necessário, o dentista para crianças especiais também pode utilizar adotar a anestesia geral, bem como técnicas psicológicas e de contenção protetora ou química.
Sedação infantil na odontologia é mesmo uma boa opção?
Isso, claro, quando não for possível realizar os procedimentos odontológicos de outra forma.
Importante ter em mente que as técnicas corretas visam justamente oferecer conforto e segurança do paciente.
E que o dentista para crianças especiais tem um ambiente todo preparado para realizar do procedimento mais simples até o mais complexo.
Acompanhamento odontológico deve ser permanente
O acompanhamento de um dentista para crianças especiais é importante não só pela abordagem diferenciada que elas demandam.
Mas, ainda, pelo fato de que esse público acaba tendo um risco maior de desenvolver problemas bucais e dentários, se comparado às crianças normais.
Alguns especialistas chegam a defender que todas as síndromes humanas afetam de um jeito ou outro a parte dentária.
E, por isso, o acompanhamento do dentista para crianças especiais deve ser permanente. Muitas vezes até com um intervalo ainda mais curto do que o indicado.
Público apresenta maior propensão a problemas dentários
Em primeiro lugar, alguns problemas de saúde, por si só, podem acabar repercutindo na boca e nas estruturas anexas, como os distúrbios genéticos.
Além da possibilidade de provocar atraso na erupção dentária em um intervalo de até dois anos, pacientes desse tipo também podem enfrentar malformação, erupção extra ou ainda falta de dente.
Erupção dentária: entenda quando e de que forma acontece
Nos casos em que há aglomeração ou mau alinhamento dos dentes, a criança pode ter uma maior dificuldade de manter os dentes limpos.
O que, por consequência, acaba favorecendo o surgimento de doenças periodontais e de cárie dentária. Assim como acontece nos casos em que o sistema imune fica comprometido.
Cárie em bebês existe e pode prejudicar formação dos dentes permanentes
Já quem tem paralisia cerebral, por exemplo, pode apresentar rangimento dos dentes, o que, com o tempo, os deixa mais achatados, além de destruir o esmalte dentário.
Além disso, fatores como alteração salivar, dieta cariogênica e ineficácia da higienização também podem favorecer o aparecimento de diferentes alterações bucais.
Outro fator que merece atenção é que muitos medicamentos têm açúcar na sua composição ou acabam deixando a boca mais seca.
Esse tipo de ambiente deixa os elementos dentários mais propícios à cárie, além da possibilidade de provocar supercrescimento do tecido da gengiva, condição que leva o nome de hiperplasia gengival.
Medidas odontológicas preventivas para pais e cuidadores de crianças especiais
Isso reitera a importância de pais e cuidadores orientarem essas crianças, acompanharem todo o processo de perto e intervirem precocemente quando houver qualquer alteração.
Afinal, quanto mais cedo a intervenção for realizada, mais chances o paciente tem de ter sua qualidade de vida garantida.
Portanto, além de buscar atendimento especializado, os pais e cuidadores de crianças especiais também devem tomar outros cuidados com a saúde bucal dos pequenos.
Nos casos dos que usam medicamentos de forma contínua, vale verificar com o médico responsável se algum dos remédios pode causar efeito secundário, sobretudo na dentição.
Cuidados com a alimentação também são primordiais. É preciso investir em refeições nutritivas e equilibradas.
Além de fugir de uma dieta cariogênica, sobretudo de alimentos açucarados e ricos em amido.
Isso com o objetivo de garantir um desenvolvimento adequado da dentição infantil, além de minimizar a exposição dos elementos dentários às doenças bucais, como a cárie.
Higienização bucal merece atenção redobrada
Além disso, é preciso iniciar os hábitos de higienização oral desde cedo, o que significa começar a escovação assim que o primeiro dente surgir.
Utilizando escova de cabeça pequena e cerdas macias, bem como creme dental com flúor, mas limitando sua quantidade à metade de um grão de arroz cru para menores de três anos.
Para maiores de três anos, a quantidade de creme dental é de um grão de arroz e para maiores de seis anos, é de um grão de ervilha.
Veja também: A escovação infantil e seu importante papel na saúde bucal
Pasta de dente infantil: Saiba como escolher
Também é recomendável utilizar o fio dental diariamente. No caso dos bebês e crianças menores, o modelo com haste costuma ser mais fácil de ser manuseado.
Sem esquecer da importância de realizar a primeira consulta com o odontopediatra na hora certa para que ele possa avaliar o desenvolvimento dentário e orientar sobre a rotina de cuidados com boca e dentes.
Além, claro, de manter regulares as visitas ao consultório do dentista para crianças especiais para concentrar todos os esforços em um plano de prevenção.