Teleorientação odontológica: Saiba o que é e como funciona

Os serviços de telessaúde aumentaram consideravelmente com a instauração da situação de pandemia. Apesar de ainda não ser regulamentada no Brasil, a telessaúde tem ganhado cada vez mais adeptos e garantido um espaço antes pouco explorado, mas que traz inúmeros benefícios para o paciente. Esse serviço também está disponível para quem quer cuidar dos dentes, por meio da teleorientação odontológica.

Veja o que fala o Conselho Federal de Odontologia sobre a Teleodontologia. 

A teleorientação odontológica faz parte do conjunto de procedimentos que utilizam a tecnologia para atender o paciente sem que ele precise sair de onde está, seja da sua casa ou de qualquer outro lugar. Esse tipo de teleatendimento está potencializando o trabalho do dentista, em tempo real, e traz grandes vantagens para quem oferece e para quem busca o serviço.

Para começar, evita deslocamentos desnecessários e estende o alcance de sua atenção a quem está mais distante, sobretudo, em pontos menos assistidos do país. Se você quer saber mais sobre teleorientação, leia esse artigo até o fim e surpreenda-se com as características desse novo nicho que veio para ficar.

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O que é a teleorientação odontológica

Novas formas de atender

Teleodontologia

Como funciona o serviço de teleorientação odontológica

Os benefícios da teleorientação odontológica

Custo x benefício

Pandemia do Coronavírus

As orientações em tempos de pandemia

O que é a teleorientação odontológica

A teleorientação odontológica consiste em um método que tem o intuito de criar a oportunidade de o dentista informar e se comunicar com aqueles pacientes que tenham dúvidas sobre sintomas e problemas bucais que por ventura possam estar incomodando.

Sendo assim, o serviço potencializa, de certa forma, a conscientização dos pacientes em hábitos saudáveis e pequenos cuidados bucais, dos quais não é preciso sair de casa para realizá-los, como a limpeza diária da língua e dos dentes, por exemplo.

Logo, o atendimento pode ser realizado por telefone ou por videochamada. Essa estratégia amplia a assistência de pessoas com problemas orais não urgentes, principalmente em locais carentes de profissionais qualificados, proporcionando teleassistência, teleducação e até mesmo um telediagnóstico. Se o profissional considerar necessário, poderá encaminhar o paciente para o atendimento presencial.

Entenda os avanços da Odontologia e suas novas formas de atendimento.

Novas formas de atender

Ao contrário do que muita gente pensa, o teleatendimento não pode ser entendido como atendimento à distância. Afinal, ele aproxima o consultório e o profissional do paciente, colocando-os na palma da sua mão.

Esse novo nicho, na verdade, tem ampliado o alcance das pessoas aos serviços de saúde. Pense nas pessoas com acamadas, com dificuldades de sair de casa ou que habitam lugares remotos, de difícil acesso ou sem profissionais especialistas. O teleatendimento é, para estas pessoas, possibilidade de cura, prevenção e cuidado.

Nesse sentido, o serviço de teleorientação odontológica é uma ferramenta poderosa para cirurgiões-dentistas auxiliarem pacientes com hábitos orais saudáveis. Lembrando que eles podem, sempre que necessário, encaminhar casos graves para unidades físicas de atendimento.

Como dizem, “há males que vem para o bem”, a telessaúde comprova esse ditado. Afinal, foi necessária uma pandemia para mostrar o quanto a prática, já em voga a outros países há décadas, é importante.

Na situação de pandemia, especificamente falando, ela ainda ser ver como proteção para pacientes e profissionais na linha de frente de combate à Covid-19.

Teleodontologia

Teleatendimento, telemonitoramento, teleconsulta, telediagnóstico, teleassistência, teleducação, teleorientação…. São muitas as definições das áreas de conhecimento ou serviço que compõem a telessaúde, a telemedicina e a teleodontologia.

Estas palavras, formadas pelo prefixo de origem grega, “tele”, agregam em si o que este prefixo representa: A ideia de distância. Já a ciência odontológica pode ser entendida como a área da saúde humana que compreende o estudo, o diagnóstico e o tratamento de tecidos e músculos faciais e orais, ossos, pescoço, articulações e dentes.

Logo, cientificamente, a teleodontologia deve ser compreendida como um campo de estudos e uma disciplina do saber. A área está diretamente associada à telemedicina (medicina a distância), que usa a tecnologia para disseminar o conhecimento e a assistência médica.

Sendo assim, podemos afirmar que as novas tecnologias da informação e comunicação têm auxiliado o trabalho do dentista, em tempo real, principalmente quando existe algum empecilho cultural, geográfico ou biológico que impeça o deslocamento do paciente à unidade física do consultório.

Em se tratando, especificamente do tema deste artigo, a teleorientação, podemos dizer que este serviço nasce, no Brasil, como uma promessa para consultórios odontológicos, unindo ferramentas tecnológicas com a expertise profissional dos dentistas a fim de promover a assistência à saúde bucal da população remotamente.

Vale dizer que este serviço de teleorientação odontológica não é exclusivo de clínicas odontológicas particulares, mas, também, pode ser oferecido por unidades de saúde pública, tendo especificidades quanto à forma como o atendimento se dá.

Como funciona o serviço de teleorientação odontológica

Até aqui, já entendemos que a teleorientação odontológica é um poderoso recurso de assistência à saúde oral de pacientes, sobretudo, aqueles em isolamento social por questão de pandemia.

Muitas pessoas, durante esse período pelo qual ainda passamos, ficaram com medo de frequentar espaços de saúde, adiando procedimentos que não considerem urgentes.

Desta forma, o serviço de teleorientação vem suprir essa lacuna imposta pelo medo da contaminação, garantindo que as orientações odontológicas cheguem para todos, independentemente, da situação estabelecida.

As formas de teleorientação odontológica, entretanto, variam de clínica para clínica, uma vez que existem variadas ferramentas tecnológicas as quais atendem a objetivos específicos distintos. Por exemplo: O serviço pode ser prestado via chamada telefônica, vídeo pelo WhatsApp ou outro aplicativo que permita o envio de mensagens pela internet.

Sendo assim, o paciente pode tirar dúvidas acerca de procedimentos, sintomas bucais e outros. Algumas clínicas, constatando a necessidade de atendimento presencial, podem identificar isso durante a chamada e até enviar um profissional para o atendimento in loco, ou seja, na residência do paciente, se achar que seja necessário.

Os benefícios da teleorientação odontológica

Até aqui está claro que a teleorientação odontológica integra uma série de procedimentos da teleodontologia. Esta, por sua vez, é um serviço que utiliza ferramentas tecnológicas para ampliar o atendimento odontológico, de forma remota, no Brasil e no mundo.

Na prática, isso significa uma série de vantagens para a população e, também, para o profissional em atendimento via teleorientação odontológica. Mas faz-se necessário desmistificar a questão da virtualidade.

Apesar de ser um serviço prestado virtualmente, os resultados são concretos, ou seja, experimentados na vida real das pessoas. Prova disso é que, como falamos, em um país de dimensões continentais como o Brasil, o teleatendimento, seja por telefone, seja por videochamada, amplia a capacidade de trabalho dos dentistas em todas as regiões.

Custo x benefício

Além do fator geográfico, a teleorientação odontológica traz, ainda, outro grande benefício, sobretudo, para um país com investimentos ainda modestos em saúde pública.

Os serviços à distância representam economia, pois têm inerente um excelente custo x benefício no atendimento de pacientes com problemas orais não emergenciais. Além disso, contribuem na conscientização da população com hábitos saudáveis, como a limpeza da boca, a escovação correta e a higienização lingual.

Pandemia do Coronavírus

Não tem como falarmos de telessaúde sem falar da situação que a impulsionou de uma vez por todas: a pandemia do Coronavírus. De repente, nos vimos obrigados a nos reinventarmos, repensar nossos hábitos e rotinas, mudar!

Situações extremas como esta pela qual passamos nos obrigam a enxergar por outros prismas, buscar soluções para obstáculos outrora impensáveis. Pois bem, a telessaúde é um dos frutos desse cenário.

Decretado o lockdown, muitas clínicas se viram obrigadas a fechar temporariamente, a fim de evitar o contágio do vírus. Diante do cenário preocupante, órgãos de saúde e autoridades sanitárias tiveram que estabelecer um rigoroso isolamento social (quarentena) para barrar o contágio de COVID-19.

Sendo assim, as clínicas odontológicas passaram a operar somente em casos de urgência e emergência, seguindo a recomendação dos conselhos regionais de odontologia. Logo, o teleatendimento passou a ser entendido como uma estratégia para oferecer ampla assistência a pessoas com problemas orais eletivos (não urgentes), sem colocar a vida da população e da equipe odontológica em risco.

Acompanhe o painel da pandemia no Brasil.

As orientações em tempos de pandemia

Como ainda vivemos este cenário e estamos, apontam os cientistas, na era das pandemias, vale reforçar algumas orientações em relação aos atendimentos de saúde, em especial, da Odontologia, em tempos de Covid-19.

Os serviços de saúde são bastante impactados e devem seguir uma série de recomendações dos órgãos competentes. Em relação às clínicas odontológicas, existe, no Brasil, um consenso dos conselhos regionais de odontologia para que as atividades não essenciais sejam paralisadas até que os casos da nova doença estejam estáveis. Aos poucos a vida volta à rotina antiga, embora jamais será a mesma depois da ampliação da telessaúde.

A regulação vigente estabelece, ainda, que clínicas odontológicas funcionem somente para tratar casos de urgência e emergência, principalmente quando há sintoma de dor no dente ou em uma região da boca. Dessa forma, os especialistas devem, claro, esterilizar equipamentos, renovar peças de proteção a cada consulta e evitar a aglomeração na sala de espera.

Já o serviço de teleatendimento resulta, nesse cenário, como um mediador entre o cirurgião-dentista e o paciente, a fim de verificar possíveis sintomas orais e encaminhar, se for necessário, a pessoa para um consultório físico, onde poderá ser examinada pessoalmente pelo profissional.

Logo, o teleatendimento odontológico acaba sendo uma ferramenta importante para evitar a exposição ao perigo de contaminação sem necessidade. Ou seja, o paciente só sairá de casa se realmente for imprescindível. Sem a teleorientação odontológica isso não seria possível. Mesmo sem a real necessidade, ele teria que se deslocar até uma clínica para entender a situação.