A restauração é uma técnica adotada para reconstruir o dente fraturado ou cariado esteticamente e funcionalmente. Isso quase todo mundo sabe, mas o que muitos não se atentam é que a mastigação após restauração requer cuidados especiais.
Seja para minimizar desconfortos ou até mesmo para garantir o bom resultado do tratamento. E é exatamente sobre isso que falaremos neste artigo. Você vai ver como a adoção de medidas simples pode ajudar a garantir a durabilidade e as boas condições do novo dente.
Veja o que será abordado sobre o assunto:
O que você precisa saber sobre a mastigação após restauração
Mas, antes, como funciona a restauração?
Cuidados na mastigação após restauração pode ajudar a minimizar desconfortos
-Observe a mastigação
-Cuidados extras na mastigação após restauração
-Temperatura dos alimentos e bebidas
–Cuidado com alimentos duros e grandes
-Evite alimentos açucarados e pegajosos
-Fuja dos alimentos que causam manchas
-Elimine hábitos nocivos
Por que a mastigação após restauração exige mais cautela?
E se o desconforto não passar depois de alguns dias?
Higiene bucal não pode ser esquecida
O que você vai conferir!
O que você precisa saber sobre a mastigação após restauração
Para quem não sabe, nas primeiras horas ou até dias após a restauração, a ingestão de líquidos e sólidos pode ficar um pouco desconfortável.
É comum surgir uma certa sensibilidade dentária ou até mesmo dores leves na hora mastigação.
Tanto por conta da pressão necessária para morder e mastigar os alimentos, quanto pelo simples contato com determinadas comidas e bebidas.
De forma geral, esse desconforto costuma ser passageiro e desaparecer sozinho em questão de dias.
Mas há casos em que ele persiste e pode indicar problemas na restauração, conforme veremos no decorrer desse artigo.
O que é preciso ter em mente é que a mastigação após restauração é determinante para garantir que o dente reconstruído seja mantido em boas condições e com alta durabilidade.
Portanto, não deixe de seguir as recomendações do profissional dentista que realizou o procedimento e de conferir nossas dicas.
Mas, antes, como funciona a restauração?
Antes de falarmos sobre os cuidados necessárias na mastigação após restauração, é importante relembrar como funciona essa técnica.
Além de reconstruir o dente esteticamente, a restauração é uma maneira simples, rápida e eficiente de restabelecer sua forma e função e evitar complicações.
É uma opção para recuperar elementos dentários que sofreram danos, como fraturas, rachados e trincados ocasionados pelo briquismo, bruxismo ou até mesmo por hábitos nocivos.
Ou até mesmo dentes acometidos por cáries, contendo a lesão e reconstruindo sua estrutura calcária.
De forma geral, o procedimento remove os tecidos lesionados e a parte danificada do esmalte, sob efeito de anestesia local, e preenche a cavidade com o material escolhido.
Seja amálgama, ouro, porcelana, resina composta e ionômero de vidro, conforme gravidade da fratura ou cárie e sua localização.
A restauração pode ser feita tanto de forma direta, ou seja, no consultório, com adição do material direto no dente.
Quanto indireta, quando o preparo acontece em laboratório, por meio da confecção de uma prótese dentária que posteriormente é incluída no dente.
Contudo, o que muitos pacientes esquecem é que o procedimento exige cuidados posteriores para que o resultado seja mantido. E é justamente isso que abordaremos a seguir.
Veja também: A restauração de amálgama deve ser substituída?
Cuidados na mastigação após restauração pode ajudar a minimizar desconfortos
Muitas pessoas acreditam que, após passarem pelo procedimento de restauração, os desconfortos causados por fraturas ou cáries serão solucionados imediatamente.
Mas a verdade é que, mesmo após a reconstrução do dente, alguns incômodos podem se prolongar por alguns dias, como resultado do procedimento.
É muito comum, por exemplo, que os pacientes que passaram por restaurações sintam sensibilidade dentária.
Em alguns casos, podem até surgir dores agudas, principalmente quando o dente entra em contato com determinados alimentos.
Mas essa condição costuma ser passageira e pode ser facilmente controlada por meio de alguns cuidados especiais com a mastigação, conforme veremos a seguir.
-Observe a mastigação
Passamos grande parte do nosso dia mastigando, por isso, esse processo acaba acontecendo no modo automático muitas vezes.
A restauração do dente pode ser uma boa oportunidade para rever a forma como você tem mastigado os alimentos.
O ideal, mesmo para quem não precisa passar por esse procedimento, é mastigar bem os alimentos, sem pressa.
-Cuidados extras na mastigação após restauração
Mas a mastigação após restauração exige cuidados extras, como evitar morder o alimento até o final, para evitar impacto entre os dentes, e colocar muita força nesse processo.
Nos primeiros dias, também pode ser preferível direcionar a mastigação para o lado oposto à restauração.
Mas lembrando de não manter a mastigação unilateral após a recuperação, pois isso também pode contribuir para o aparecimento de problemas futuros.
-Temperatura dos alimentos e bebidas
Muitos dos pacientes que passam pela restauração costumam relatar sensibilidade quando os dentes entram em contato com temperaturas extremas.
Em alguns casos, até o fato de manter a boca aberta pode contribuir para esse desconforto, já que o ar frio entra em contato direto com os dentes.
Portanto, o mais indicado é que bebidas e alimentos muito frios ou quentes demais sejam evitados, principalmente nos primeiros dias após o procedimento.
O ideal é que o paciente prefira consumir comidas e bebidas em temperatura ambiente ou moderada para evitar esse tipo de desconforto.
–Cuidado com alimentos duros e grandes
No período pós-procedimento, os alimentos duros também não devem fazer parte da dieta do paciente que passa pela restauração.
Isso porque mastigar castanhas, por exemplo, exige uma grande pressão, o que pode acabar prejudicando a recuperação do paciente e ocasionando complicações para a restauração.
O mesmo vale para alimentos grandes demais. Uma alternativa e cortá-los em pedaços pequenos para exigir menos do processo mastigatório.
-Evite alimentos açucarados e pegajosos
É importante, ainda, limitar a quantidade e frequência de consumo dos alimentos açucarados e pegajosos.
Além de favorecer o crescimento das bactérias em torno da restauração, as comidas e bebidas muito doces muitas vezes contribuem com a sensibilidade.
Já os alimentos pegajosos acabam demandando uma pressão excessiva para mastigação. Com isso, o risco de a restauração soltar acaba aumentando significativamente.
-Fuja dos alimentos que causam manchas
Comidas e bebidas coloridas e ricas em corantes também podem causar alterações na tonalidade do esmalte e da resina.
Cuidado! Conheça os alimentos que escurecem os dentes
Por isso, o mais indicado é evitar consumir bebidas como refrigerantes à base de cola, café, chá, vinho. E alimentos como beterraba, chocolate, açaí, amora, entre outros.
No caso das bebidas, uma alternativa é consumi-las por meio de um canudo, para impedir o contato direto do líquido com os dentes.
-Elimine hábitos nocivos
Outra coisa que a gente costuma fazer sem perceber também é utilizar os dentes para diversos outros fins não relacionados à mastigação.
O que muitos não sabem é que esses hábitos, aparentemente inofensivos, prejudicam diretamente o esmalte dentário, além do risco de danificarem a restauração.
Como é o caso, por exemplo, de quem está acostumado a roer unhas, abrir embalagens com os dentes e morder objetos, como a tampa da caneta.
Por que a mastigação após restauração exige mais cautela?
Conforme pudemos ver, é preciso ter uma prudência maior com a mastigação após restauração, sobretudo nos primeiros dias após o procedimento.
Primeiramente, a fim de minimizar dores e desconfortos que podem surgir, sobretudo em pacientes com dentes mais sensíveis ou que passaram por restaurações mais profundas.
Mas também para evitar danos às novas restaurações. Por mais que elas sejam resistentes, existe sim um certo risco de comprometimento se não houver o devido cuidado.
Pode acontecer, por exemplo, dela ainda não estar devidamente acomodada e a pressão indevida durante a mastigação, no processo de recuperação, fazê-la soltar ou trincar.
E se o desconforto não passar depois de alguns dias?
O mais comum é que a sensibilidade na mastigação após restauração dure algumas horas ou poucos dias.
Portanto, se o desconforto persistir ou até mesmo aumentar, é preciso acionar o profissional dentista responsável pelo procedimento.
Revisões podem ser necessárias em alguns casos. Como, por exemplo, se alguma área da restauração tiver ficado mais alta, o que pode sim provocar um certo incômodo.
Neste caso, o profissional poderá realizar pequenos ajustes, como lixar a área desproporcional, para solucionar o problema.
Trincas, infiltrações e pequenas quebras também devem ser rapidamente solucionadas para evitar a progressão do problema.
Há casos, por exemplo, em que o ajuste oclusal não é suficiente, o que pode acabar demandando a substituição da restauração ou até mesmo um tratamento de canal.
Higiene bucal não pode ser esquecida
Por mais que o dente tenha sido reconstruído, isso não significa que o paciente está livre de novos danos.
Portanto, é de fundamental importância realizar a higiene bucal de forma correta. Isso porque cuidar da saúde bucal é a melhor maneira de conservar o sorriso.
O que inclui a utilização de uma escova de dentes adequada. Além de ao menos três escovações por dia, sobretudo após as refeições. E uso diário do fio dental, de forma correta, para eliminar os restos de alimentos.
Antissépticos também podem ser utilizados para reforçar a higienização, contudo, o mais indicado é que se utilize os modelos sem álcool para evitar prejudicar a resina do dente.
As consultas regulares com o profissional dentista também devem ser mantidas para uma limpeza mais profunda e acompanhamento da saúde bucal de perto.
Mas, acima de tudo, o paciente não pode deixar cair no esquecimento os cuidados necessários com a mastigação após restauração, mesmo após o período de recuperação.