A gravidez é um período cheio de mudanças para a mulher. Por causa do aumento do nível do hormônio progesterona, o corpo todo sofre alterações. Algumas boas, como o aumento da intensidade do brilho dos cabelos, outras um tanto desconfortáveis e que requerem cuidados, como a gengivite gravídica.
Neste artigo, vamos esclarecer o que é a gengivite gravídica, suas causas e efeitos, e como trata-la sem riscos para a mamãe e para o bebê. Acompanhe os tópicos:
O que é a gengivite gravídica
Principal causa da doença
A gengivite gravídica e seus sintomas
Tratando a gengivite gravídica
Como fazer a limpeza correta dos dentes
A escovação adequada
O uso correto do fio dental
Seu dentista, um aliado insubstituível e necessário
O que pode acontecer se a gengivite gravídica não for tratada
Cuidados para além do parto
O que você vai conferir!
O que é a gengivite gravídica
A gengivite é uma doença muito comum. Somente no Brasil, são cerca de 2 milhões de pessoas afetadas pela doença todos os anos. Ela é identificada pela inflamação nas gengivas, podendo ocasionar até sangramentos e a principal causa de seu surgimento é a má higiene bucal.
Quando esta doença ocorre em mulheres grávidas, ela é chamada de gengivite gravídica. Nesse caso, não é a falta de escovação e/ ou de uso de fio dental que causa o aparecimento da gengivite.
Principal causa da doença
A gengivite gravídica atinge de 60% a 70% das grávidas, sendo bastante comum, e ocorre especialmente devido ao aumento do hormônio progesterona e às alterações ocasionadas por ele após o segundo mês de gravidez. Normalmente, não é sinônimo de falta de higiene bucal e pode acontecer mesmo se a grávida estiver promovendo uma boa limpeza da boca e dos dentes e se o nível de bactérias estiver normal
Este hormônio, durante o período de gestação, contribui para o aumento do fluxo sanguíneo nos tecidos da gengiva. Isso torna as gengivas bastante sensíveis e suscetíveis à inchaços, sobretudo, durante a escovação dos dentes ou do uso do fio dental e ainda durante as refeições, quando se dá a mastigação de alimentos.
A gengivite gravídica e seus sintomas
Essa doença que acomete as grávidas deixa as gengivas extremamente sensíveis e os seus sintomas são bem visíveis, sendo facilmente identificáveis. A doença é caracterizada pela inflamação e também sangramento das gengivas durante a escovação dos dentes ou durante a mastigação. As gengivas ficam bem inchadas, as vezes retraídas, vermelhas e brilhantes e/ou com bolinhas vermelhas. Também há o aparecimento de mau hálito e de uma sensação de gosto ruim na boca.
Tratando a gengivite gravídica
O tratamento da gengivite gravídica deve ser feito com o auxílio e acompanhamento de um profissional dentista para diagnóstico, exames laboratoriais ou de imagem. A doença deve ser tratada o mais rapidamente possível. Isso porque, não freado o seu desenvolvimento, ela poderá causar sérios danos à saúde.
Basicamente, o melhor a ser feito nesses casos é caprichar na limpeza dos dentes feita em casa. A tendência é que as pessoas deixem de fazer adequadamente a escovação e o uso do fio dental. Isso acontece porque limpar as gengivas inchadas pode doer um pouco. Mas é justamente o contrário que deve ser feito.
Como fazer a limpeza correta dos dentes
O que vai tratar o caso e devolver à saúde para a boca é justamente uma excelente escovação e o uso adequado do fio dental. Ou seja, escovar os dentes fazendo uso de uma boa técnica, de duas a três vezes por dia, com uma escova de cerdas macias, e passar o fio dental pelo menos uma vez ao dia.
A escovação adequada
A escovação perfeita começa na superfície mais próxima à bochecha, pelos dentes posteriores superiores. A escova deve ficar inclinada à 450 e os movimentos devem ser curtos, partindo da metade dos dentes em direção a linha das gengivas.
A superfície de mastigação deve ser a próxima parte a ser escovada. A inclinação agora dá lugar a escovação de forma plana. Devem ser realizados movimentos para trás e para a frente e ao longo destas superfícies.
Quando passar para a superfície interna dos dentes, a escova deve ser inclinada verticalmente e os movimentos permanecem suaves, só que desta vez de cima para baixo com a ponta da escova.
Repita a operação nos dentes inferiores. Observe a todo momento para não se esquecer da linha da gengiva. Ela também deve ser escovada.
Assim como a gengiva, a língua tende a ser esquecida. O último passo é escová-la. Há escovas específicas para ela, mas é possível escovar com a escova usada para os dentes. A escovação da língua ajuda a eliminar as partículas de alimentos e bactérias, acabando com o mau cheiro e refrescando o hálito.
Lembre-se além de uma técnica é preciso controlar a pressão correta da escova sobre os dentes. Escovar os dentes com muita força pode machucar a boca e provocar até mesmo a retração das gengivas.
Escolha uma boa escova de dentes e um bom creme/ pasta/ gel dental. Cada modelo e tipo de escova e creme dental tem as suas especificidades. O dentista saberá indicar os mais apropriados para cada caso.
O uso correto do fio dental
Interessante ressaltar que o uso do fio dental também pede uma boa técnica e empenho de tempo. Com a ajuda do polegar e do indicador das mãos, deslize o fio pelos dentes. A higienização deve ser feita próxima a à região das gengivas.
Faça movimentos suaves, deslizando o fio para frente e para trás na base dos dentes repedidas vezes. Finalize retirando cuidadosa e suavemente o fio. Ao final, faça um belo de um bochecho para limpar os resíduos que saem de entre os dentes.
O uso do fio dental, quando bem feito, dura em média 3 minutos e sua importância é enorme. A saúde não só dos dentes, mas das gengivas está diretamente ligada ao bom uso dessa ferramenta. Também aconselha-se utilizar um enxaguante bucal sem álcool após a escovação e o uso do fio dental.
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Seu dentista, um aliado insubstituível e necessário
Dependendo da gravidade, pode ser que seja indicada uma limpeza profissional da placa bacteriana, a qual é realizada a em consultório odontológico pelo dentista.
Esse profissional poderá, ainda, recomendar o uso de um creme dental para dentes sensíveis e o uso de um fio dental extremamente fino, a fim de diminuir a irritação e as chances de sangramento da gengiva. E, vale lembrar: Todo o processo deve contar com a orientação deste profissional e sua supervisão até a cura total.
O que pode acontecer se a gengivite gravídica não for tratada
Como dito anteriormente, é necessário agir imediatamente caso se suspeite de gengivite gravídica. O desenvolvimento da doença pode resultar em problemas gravíssimos, como a periodontite e a perda dos dentes.
Mas esse não é o pior dos problemas. A doença, se não tratada, pode levar, ainda, ao surgimento de complicações para a gravidez, como o risco aumentado de parto prematuro. Também pode atrapalhar o desenvolvimento do bebê no que diz respeito ao peso. O bebê poderá se manter abaixo do peso durante toda a gravidez até à nascença.
Cuidados para além do parto
Feito todo o tratamento, o qual é de curta duração, apenas algumas semanas, o problema deverá desaparecer e a mulher recuperar a saúde da boca e a tranquilidade em relação ao parto e a saúde do bebê. Entretanto, em alguns casos, pode ser que ela progrida até o 9º mês de gestação. Se isso acontecer e não houver regressão do quadro, dentistas recomendam a remoção cirúrgica das placas bacterianas.
Também é totalmente aconselhável que, mesmo após curada, a mulher volte ao dentista após o bebê nascer. Pode ocorrer de a doença voltar ou ainda haver outros problemas gerados devido os hormônios elevados durante a gravidez, tais como cáries.
Tudo sobre gengivite gravídica
Nesse artigo, você ficou sabendo tudo sobre a gengivite gravídica, uma doença que deixa as gengivas inchadas, retraídas e com sangramento durante a escovação e a mastigação. Você viu que a gengivite gravídica pode aparecer durante a gravidez devido ao aumento do hormônio progesterona.
Viu, ainda, que mesmo que a higiene da boca esteja sendo feita de maneira satisfatória e não tenha havido aumento de bactérias, a doença poderá aparecer, diferentemente do que acontece na gengivite comum a qualquer pessoa em que a falta de higiene é a principal causa. Outro fato importante citado aqui é que o tratamento deve ser rápido, a fim de evitar outros problemas graves, como a perda dos dentes e até complicações no parto.
Você também leu nesse artigo que o tratamento é simples, mas deve ser acompanhado por um profissional dentista. Escovar os dentes de duas a três vezes por dia, passar o fio dental pelo menos uma vez e usar um enxaguante bucal sem álcool são alguns dos passos para recuperar a saúde bucal. Por fim, após o nascimento do bebê, é importante voltar ao dentista para avaliar se a doença não voltou ou se surgiram outras em decorrência da gravidez e do parto.