Enxaguantes bucais: Hálito fresco e prevenção às doenças da boca

enxaguantes bucais

05/03/2021 | Por: Odonto Busca Redação

Um hálito fresco é refrescante, gostoso e muito agradável. Essa sensação obtida ao se escovar os dentes pode ser prolongada com o uso de enxaguantes bucais, também conhecidos como enxaguantes orais. O enxaguante bucal é um produto líquido usado para enxaguar os dentes, as gengivas e a boca.

O mercado oferece tipos diferentes deste produto que, geralmente, contém algum tipo de antisséptico para matar bactérias nocivas que podem viver entre os dentes e na língua. Por isso, além de ser usado como um artifício para combater o mau hálito, também é, muitas vezes, utilizado como auxiliar na prevenção de cáries dentárias. Mas, será que o enxaguante bucal serve para isso?

Neste artigo, você descobre tudo o que precisa saber sobre os enxaguantes bucais. Seus benefícios, os cuidados e as precauções, os tipos disponíveis no mercado e muito mais. Acompanhe!

Enxaguantes bucais

Quando usar o enxaguante bucal

Cosméticos e terapêuticos

Tipos de enxaguantes

Como agem os enxaguantes bucais

Como usar

Precauções

Enxaguantes bucais com clorexidina

Efeitos colaterais clorexidina

Outros cuidados

enxaguantes bucais

Enxaguantes bucais

Como já dissemos, os enxaguantes bucais são produtos utilizados para auxiliar na limpeza dos dentes, gengivas e boca. Apesar de sua eficiência neste quesito, a qual contribui, ainda, para deixar uma sensação de frescor no hálito, o enxaguatório oral não substitui uma boa escovação de dentes, tampouco o uso do fio dental.

Em se tratando de higiene bucal, este produto deve ser utilizado de forma complementar e com a orientação do seu dentista, que indicará o tempo e a frequência, dentre outros detalhes aconselhados para você, a partir do seu histórico dentário e das condições da sua boca como um todo.

Afinal, existem fórmulas com ingredientes e indicações diferentes. Por isso, é importante entender bem para não correr o risco de estragar os dentes com produtos extremamente abrasivos e prejudiciais à flora bucal.

Quando usar o enxaguante bucal

Esta é uma resposta que será melhor respondida pelo seu dentista, pois cada pessoa possui um histórico e uma condição bucal. Entretanto, fica o alerta: este é um produto que não deve ser usado de maneira contínua durante um tempo prolongado.

Vale a pena repetir que o enxaguante bucal não substitui a escovação e o uso do fio dental. Também não é necessário usá-lo para manter a boca limpa, uma vez que não é esta a sua função. A maioria dos enxaguatórios bucais traz a recomendação de uso para duas vezes ao dia, após a escovação e o uso do fio dental, claro.

Cosméticos e terapêuticos

O mercado oferece basicamente dois tipos de enxaguantes bucais: os que promovem um bom hálito, chamados de cosméticos; e os que graças à adição de agentes específicos podem tratar placa bacteriana, gengivite e cárie, chamados terapêuticos.

Não sofra com o mau hálito. Saiba como acabar se livrar desse problema.

Tipos de enxaguantes

Estes dois tipos de enxaguantes possuem formulações variadas. Conheça algumas delas:

  • Com álcool: o álcool é utilizado a fim de diluir os princípios ativos presentes nos enxaguantes e também para conservar esses produtos. Somente deve ser utilizado com a indicação expressa de um dentista, pois pode trazer vários efeitos colaterais a longo prazo. Dentre eles, estão o ressecamento da mucosa bucal e a descamação dos tecidos moles da boca. O álcool também inibe as glândulas salivares, diminuindo a produção de saliva.
  • Sem álcool: este contém água deionizada como diluente. Por isso, é o mais indicado para o uso diário.
  • Com flúorestes são os mais usados pelas pessoas com alto risco de cárie. Os enxaguantes fluoretados interferem no metabolismo dos micro-organismos da placa dental (ou biofilme) e atuam na remineralização do esmalte do dente. Podem ser utilizados diária ou semanalmente dependendo da concentração de flúor. Contudo, seu uso não é aconselhado para crianças que ainda não conseguem cuspir. Vale lembrar que o excesso de flúor pode gerar problemas.
  • Com clorexidina:  O digluconato de clorexidina a 0,12% é a versão mais usada. Isso porque evita a formação do biofilme dental e o desenvolvimento da gengivite. Enxaguantes com clorexidina também são indicados no período pós-cirúrgico e para a desinfecção das escovas dentais. Contudo, seu uso contínuo pode provocar manchas no esmalte dentário, pigmentação de restaurações estéticas e alteração no paladar.
  • Produtos naturais: os enxaguantes bucais à base de plantas são uma tendência na procura de alternativas naturais para o controle das bactérias que se alojam nos dentes. Isso porque todos os enxaguantes bucais comercializados, com agentes antimicrobianos, com ou sem flúor ou com ou sem álcool, podem ter efeitos colaterais. Mas atenção, os enxaguantes elaborados com produtos naturais também demandam a orientação e a prescrição do dentista.

Como agem os enxaguantes bucais

Como cada formulação de enxaguante possui ingredientes diferentes, esses produtos também terão finalidades diferentes. Podem ser utilizados para garantir frescor e combater o mau hálito, assim como para prevenir doenças da boca, tais como a gengivite e as úlceras bucais.

Enxaguantes bucais com antissépticos na sua formulação, como o álcool, o mentol e o eucalipto, agirão matando as bactérias. Sua eficiência se dá devido ao seu alcance, pois chegam em locais de difícil acesso promovendo a proteção das gengivas e dentes. Entretanto, são abrasivos e podem até provocar ardência. Por isso, não devem ser usados sem a orientação do dentista e por longo tempo.

Outras formulações, como as com flúor, por exemplo, contribuem para a redução do número de cáries em até 50%. Os aditivos de flúor em enxaguantes bucais são absorvidos pelo esmalte dentário e devem ser administrados com cuidado, especialmente em crianças pequenas e que não sabem cuspir. Pois, podem causar fluorose dentária (excesso de flúor que causam manchas no esmalte dentário) e não devem ser ingeridos.

Como usar

Além de contar sempre com as orientações e indicações de seu dentista, é importante observar as instruções do rótulo. Uma vez que esses produtos possuem formulações diferentes, também podem ter indicações de uso igualmente diferentes.

Entretanto, é possível trazer algumas instruções básicas para o uso dos enxaguatório bucais. A primeira delas é que devem ser usados somente após fazer corretamente a higiene bucal. Ou seja, escovar os dentes e passar o fio dental vêm antes do enxaguante.

enxaguantes bucais

Importante observar a formulação da pasta de dentes. Se esta contiver flúor, o enxaguante poderá removê-lo, anulando os seus efeitos. Portanto, neste caso, deve-se aguardar alguns minutos para a absorção do mesmo e só então fazer o bochecho.

Outra recomendação é prestar atenção à quantidade recomendada do produto. Geralmente, a quantidade varia de três a cinco colheres de chá. Muitos produtos, entretanto, trazem um medidor próprio. Antes de levar o produto à boca, agite-o em um copo, faça o bochecho, gargareje por trinta segundos e cuspa. Cuidado! Não se deve engolir o enxaguante bucal.

Precauções

Geralmente, os enxaguantes bucais contém um alto volume de álcool e flúor. Ambos os ingredientes não devem ser ingeridos em grandes quantidades, especialmente por crianças.

Apesar de ser indicado como um bom antisséptico para matar bactérias e acelerar a cicatrização de feridas e lesões orais, recomenda-se conversar antes com o seu dentista. Pois, em alguns casos, estas feridas podem ser causadas por problemas de saúde e o uso do flúor e do antisséptico pode fazer mais mal do que bem. O enxaguante bucal não trata doenças.

Enxaguantes bucais com clorexidina

Um enxaguante bucal com gluconato de clorexidina é um enxaguatório com antimicrobiano frequentemente usado para tratar estágios iniciais de afecções na gengiva. Por isso, vamos dar um tratamento especial a esse enxaguante neste artigo.

Estudos apontam que este produto especificamente está entre os agentes antissépticos bucais mais eficazes atualmente. Tratam a inflamação, o inchaço e o sangramento que, geralmente, acompanham a gengivite. Isso porque o gluconato de clorexidina é um germicida que diminui a presença de bactérias na boca.

Efeitos colaterais clorexidina

A clorexidina presente em alguns enxaguantes bucais apresentam efeitos colaterais e, por isso, merece atenção antes de ser considerado o seu uso. Basicamente, são três os efeitos colaterais provocados pela clorexidina. Conheça-os:

  • Coloração: A clorexidina pode causar manchas nas superfícies dos dentes, restaurações e na língua. Este pode não ser um problema grande, uma vez que uma limpeza profunda realizada em consultório odontológico pode remover certas manchas. Entretanto, o problema aumenta caso a pessoa apresente muitas obturações em cor branca. Neste caso, elas podem ser danificadas permanentemente, não sendo indicado o seu uso.
  • Alteração do paladar: Provoca alteração no paladar durante o tratamento. Em alguns casos raros, pode ocorrer até mesmo a alteração permanente do paladar após o término do tratamento.
  • Formação de tártaro: Poderá provocar aumento na formação de tártaro.

Outros cuidados

enxaguantes bucais

O uso dessa substância requer alguns cuidados. Primeiro, é importante conversar com o dentista para haver se não há contraindicações. Observando o surgimento de alguma reação adversa durante o tratamento é extremamente recomendado a suspensão imediata do produto e o aviso ao dentista. Fique atento!

  • Reações alérgicas: A primeira coisa a fazer é saber se você é alérgico à clorexidina. Pois, há uma possibilidade de reações graves ao produto.
  • Dosagem: Siga cuidadosamente as instruções do seu dentista. Uma dosagem excessiva pode ser extremamente prejudicial.
  • Ingestão: Depois de enxaguar, cuspa. Não engula.
  • Aplicação: A clorexidina deve ser usada após a escovação. Não escove os dentes, nem faça bochechos com água ou coma imediatamente após o seu uso.
  • Periodontite: Algumas pessoas apresentam quadro de periodontite junto com gengivite. A clorexidina auxilia no tratamento da gengivite, mas não da periodontite. Se este for o seu caso, saiba que precisará de um tratamento separado para a periodontite. Aliás, a clorexidina pode até piorar os problemas gengivais, como a periodontite e, portanto, requer a supervisão do seu dentista para o uso adequado.
  • Gravidez: Informe o dentista se estiver grávida ou planejando engravidar. Ainda não há estudos suficientes que determinam se a clorexidina é ou não segura para o feto.
  • Amamentação: Pelos mesmos motivos apresentados acima, recomenda-se evitar o uso da substância durante o período de amamentação. Não há estudos suficientes ainda que determinam se a clorexidina é passada para o bebê no leite materno ou, ainda, se pode afetá-lo.
  • Higiene dental: O uso da clorexidina não substitui a escovação nem o uso do fio dental.
  • Dentista: Reavalie com seu dentista a eficácia do tratamento frequentemente.
  • Crianças: A clorexidina não é aprovada para o uso por crianças menores de 18 anos.

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