Quando se fala de assimetria facial, automaticamente passa pela nossa cabeça aquela imagem de uma pessoa com o rosto totalmente desigual.
Mas isso não é tão comum de vermos na prática, não é mesmo?
A verdade é que muitos de nós temos uma visão distorcida sobre este problema, que é muito mais frequente do que a gente imagina.
Neste artigo, você irá entender o que é, de fato, a assimetria facial. Além de se inteirar sobre suas principais causas e tratamentos.
Veja tudo que será abordado sobre o assunto:
Você, provavelmente, tem uma ideia errada sobre a assimetria facial
Um problema muito além da questão estética
O que causa a falta de simetria na face
Maus hábitos também podem ser responsáveis pela assimetria facial
O diagnóstico de assimetria facial
Como é a atuação do profissional dentista neste caso
Se é um problema tão comum, por que tratar?
Botox e preenchimentos
Outras opções de tratamento para a assimetria facial
O que você vai conferir!
Você, provavelmente, tem uma ideia errada sobre a assimetria facial
A assimetria facial não é uma condição rara, como muitos de nós podemos julgar. Pelo contrário, o raro na verdade é ter um rosto perfeitamente simétrico.
Essa confusão é causada, principalmente, pelo fato de acharmos que rosto assimétrico é aquele que apresenta alterações excessivas.
Mas, na realidade, pequenas diferenças entre os dois lados da face já podem caracterizar a assimetria facial.
Ou seja, é um problema muito mais comum do que a gente imagina, conforme já mencionado anteriormente.
O que costuma acontecer é que muitas dessas alterações podem acabar passando despercebidas por quem vê, mas não por quem tem.
Um problema muito além da questão estética
É fato que, muitas vezes, a assimetria facial prejudica significativamente a aparência.
Isso porque as diferenças podem ser mais perceptíveis em alguns casos e, por conta disso, o rosto passa a se apresentar um tanto desarmônico.
Mas é importante destacar que os problemas vão muito além da questão estética.
A começar pelo fato dessa situação gerar uma grande insatisfação pessoal e incômodo estético para algumas pessoas, afetando diretamente sua autoestima.
Além disso, pode comprometer a qualidade de vida do paciente em outros sentidos.
Como, por exemplo, afetando tarefas simples, mas com funções importantes como respirar, comer e dormir.
Tendo em vista, principalmente, que todo esse desequilíbrio pode até mesmo impactar na musculatura e estrutura óssea da face.
O que, consequentemente, também pode ocasionar problemas de saúde. E o mais sério é que, em alguns casos, a assimetria facial ainda pode aumentar com o tempo.
O que causa a falta de simetria na face
Os mais diferentes fatores podem causar a assimetria facial, mas a genética está entre os mais comuns.
Em seguida, aparecem os maus hábitos, conforme detalharemos adiante. Bem como determinadas doenças, traumas ocasionados por acidentes e até tumores.
Problemas respiratórios, como sinusite, bronquite e desvio de septo, também podem causar alterações bucais que podem impactar na aparência facial.
Como céu da boca mais fundo, língua mais próxima dos dentes inferiores e cabeça projetada para frente, além de problemas posturais.
Alguns problemas dentários, musculares e esqueléticos também podem contribuir para a falta de simetria da face. Como o bruxismo.
Maus hábitos também podem ser responsáveis pela assimetria facial
Conforme já mencionado, alguns hábitos nocivos presentes no nosso dia a dia também podem contribuir para o desenvolvimento da assimetria facial.
Entre eles está o costume de dormir sempre do mesmo lado. Assim como a mordida unilateral, que consiste em mastigar utilizando apenas um lado da boca.
Apesar de parecerem inofensivos, esses hábitos fazem com que a pessoa acabe estimulando mais um lado do rosto do que o outro.
Esta segunda, por exemplo, pode afetar até os olhos que, de um determinado lado, podem aparentar mais baixo do que o do outro.
Por incrível que pareça, até mesmo a respiração pode surtir efeitos diferentes em cada lado do rosto.
O diagnóstico de assimetria facial
Por mais que a assimetria facial seja facilmente identificada a olho nu em alguns casos, isso não descarta a necessidade de consultar um profissional a respeito.
Isso porque, mais do que comprovar a condição por meio de exames clínico e radiográfico, o diagnóstico realizado no ambiente profissional se faz extremamente importante.
Sobretudo para determinar a causa da assimetria facial e avaliar sua extensão e gravidade.
E, consequentemente, para definir o melhor procedimento para cada caso e quais profissionais serão envolvidos no tratamento.
Como é a atuação do profissional dentista neste caso
Os cirurgiões dentistas, especialmente os especialistas em harmonização orofacial, estão entre os profissionais capazes de realizar o diagnóstico e inclusive tratar a assimetria facial.
Isso porque é muito comum que pacientes cheguem ao consultório odontológico relatando incômodos na região da face, mas imaginando que os problemas se restringem aos dentes.
Contudo, após relatarem suas queixas e passarem pela anamnese e exames, muitos chegam também ao diagnóstico de assimetria facial.
Neste caso, o profissional dentista atua na identificação do grau da assimetria, bem como de sua origem, que costuma ser dividida em patológica, traumática ou genética.
Se é um problema tão comum, por que tratar?
Uma pergunta muito comum que as pessoas com assimetria facial costumam fazer é por que tratar este problema, se ele é tão recorrente?
A principal questão é que, conforme já mencionado anteriormente, na maioria dos casos esta não é uma alteração exclusivamente estética.
Além de causar desequilíbrio nas estruturas esqueléticas da face, pode prejudicar diretamente funções importantes do nosso organismo.
E, ainda, causar mal-estar, desconforto e dores, como a miofascial, enxaqueca e fibromialgia. É por isso que, principalmente em casos mais acentuados, o tratamento faz-se necessário.
A boa notícia é que, atualmente, existem diferentes procedimentos que podem ajudar a deixar o rosto mais simétrico e evitar essas disfunções no organismo.
Confira alguns deles nos próximos tópicos.
Botox e preenchimentos
A toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, e os preenchedores faciais estão entre as técnicas mais utilizadas para tratar a assimetria facial.
E com a resolução nº 176/2016, do Conselho Federal de Odontologia (CFO), os cirurgiões-dentistas passaram a ser autorizados a utilizar ambos para fins terapêuticos funcionais e/ou estéticos.
Depois disso, o órgão ainda publicou a resolução nº 198/2019, reconhecendo a harmonização orofacial como especialidade odontológica.
E definindo-a como um conjunto de procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista em sua área de atuação, responsáveis pelo equilíbrio estético e funcional da face.
O botox é um procedimento pouco invasivo, seguro e eficaz, que funciona como uma espécie de bloqueador neuromuscular.
Isso significa que, sem ordens para se movimentar, a força de contração de determinados músculos faciais é reduzida, ocasionando seu relaxamento e paralisação parcial ou total.
Ao deixar essa musculatura estável, o procedimento torna o contorno facial simétrico temporariamente.
Já o preenchimento facial é uma técnica caracterizada pela aplicação de substâncias modeladoras e biocompatíveis nas profundas camadas da pele, como o ácido hialurônico.
Esses componentes atuam diretamente no preenchimento dos chamados sulcos faciais, das rugas e dos espaços entre as células justamente com o intuito de dar volume à essas áreas do rosto, além de suavizar marcas.
A harmonização orofacial também é outro objetivo do preenchimento facial, já que o procedimento ainda atua com a correção de assimetrias causadas por diferenças na musculatura e na pele e melhoria dos contornos.
Veja também: Botox e odontologia: qual é a relação?
O preenchimento facial e suas diversas indicações
Conheça as diferenças entre o botox e o preenchimento facial
Outras opções de tratamento para a assimetria facial
Mas as técnicas capazes de corrigir essas disfunções não param por aí. Confira outras opções para tratar a assimetria facial:
- Rinomodelação: técnica não cirúrgica voltada para a suavização de problemas e correção de assimetrias e de deformidades de formato do nariz.
- Preenchimento labial: procedimento que oferece ótimos resultados para quem possui algum tipo de assimetria labial ou que almeja uma melhor harmonização entre lábios e rosto.
- Lifting sem cirurgia: consiste no posicionamento de fios de sustentação na região subcutânea da pele para modelar queixo, nariz e contornos do maxilar
- Cirurgia ortognática: tratamento cirúrgico que visa corrigir o posicionamento incorreto dos ossos dos terços médio e inferior da face para reposicionamento dos maxilares, que pode causar assimetria acentuada.
- Aparelho ortodôntico: uma das técnicas mais utilizadas entre adolescentes e adultos, o aparelho dentário é um dispositivo utilizado para mover os dentes na boca e alinhá-los. Ele atua de forma ortodôntica (nos dentes) ou de forma ortopédica (na estrutura óssea que sustenta os dentes). Ajuda, inclusive, a alinhar a mordida cruzada, uma grande responsável pela assimetria facial.
- Exercícios faciais: realizada por um fonoaudiólogo, esta técnica consiste na realização de movimentos para desenvolver a musculatura e, assim, melhorar a aparência assimétrica.
- Maquiagem inteligente: indicada para que tem assimetrias faciais leves, é caracterizada pela aplicação de pintura com pontos de luz e sombra na face para suavizar a assimetria facial.
Lembrando que essas não são as únicas opções para tratar a desarmonia do rosto. Existem muitas outras formas de fazer isso.
Por isso, a importância de procurar um profissional especialista. Cada caso deve ser avaliado individualmente.
Para, desta forma, definir o melhor tratamento que se adeque às necessidades de cada paciente e possibilitar uma correção eficaz da assimetria facial.