Já pensou em eliminar a flacidez da pele e deixá-la com aspecto mais levantado sem precisar passar por cirurgia ou até mesmo sentir dor? Isso já é possível graças a procedimentos como o de implante de fios PDO.
Trata-se de uma técnica minimamente invasiva que é indicada para o tratamento de casos de flacidez leve ou moderada. E que pode ser realizada inclusive no consultório odontológico, por um profissional dentista especializado em harmonização orofacial.
Neste artigo, você vai entender como esse procedimento é feito, suas principais vantagens e como acontece a recuperação do paciente. Confira tudo que será abordado sobre o assunto:
O procedimento com fios PDO
A atuação do profissional dentista na harmonização orofacial
Colágeno e flacidez: qual é a relação?
O que são os fios PDO
Em quais casos os fios PDO são indicados
As contraindicações deste procedimento
Como se dá o implante dos fios PDO
A atuação desses filamentos no combate à flacidez
Cuidados pós-procedimentos
Aparecimento e duração dos resultados
O que você vai conferir!
O procedimento com fios PDO
Os fios PDO chegaram no Brasil há pouco tempo, mas já estão dando o que falar nos consultórios odontológicos.
Isso porque vêm sendo comparados ao lifting facial, uma cirurgia que visa levantar os tecidos faciais afetados pela flacidez muscular e da pele e pela perda de volume facial.
Não é à toa que também são conhecidos por lifting orofacial com fios ou lifting facial não cirúrgico.
Para quem não sabe, a técnica com fios PDO também visa eliminar a flacidez da pele, bem como estimular naturalmente a produção de colágeno.
Além de promover uma reabilitação funcional e estética e deixar a face mais atraente e harmônica.
Mas de forma não cirúrgica, minimamente invasiva, com total segurança e, o melhor, com recuperação mais rápida e efeitos naturais e duradouros.
Continue lendo esse artigo para saber como o procedimento é realizado na prática.
Veja também: Dermosustentação por fios: uma forma de combater a flacidez da pele do rosto e pescoço
A atuação do profissional dentista na harmonização orofacial
Se você está se perguntando qual é a relação desse tipo de procedimento com a odontologia, já que os tratamentos estéticos costumam ser realizados pelo dermatologista, a gente explica.
Em janeiro de 2019, por meio da resolução nº 198, a harmonização orofacial foi reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO) como especialidade odontológica.
O documento inclusive lista um conjunto de procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista em sua área de atuação, responsáveis pelo equilíbrio estético e funcional da face.
Entre eles, estão a intradermoterapia e o uso de biomateriais indutores percutâneos de colágeno com o objetivo de harmonizar os terços superior, médio e inferior da face.
Assim como o uso da toxina botulínica, de preenchedores faciais e agregados leucoplaquetários autólogos.
E a realização de procedimentos biofotônicos e/ou laserterapia na sua área de atuação e em estruturas anexas e afins.
A realização de tratamento de lipoplastia facial, através de técnicas químicas, físicas ou mecânicas na região orofacial, a técnica de bichectomia e o liplifting também aparecem entre as áreas de competência desse profissional.
Colágeno e flacidez: qual é a relação?
Com o passar dos anos, a produção de colágeno, proteína cuja principal função é manter a vitalidade das fibras e a sustentação da pele, diminui no nosso organismo.
E, como resultado, ocorre a perda de firmeza da pele, que passa a ter um aspecto mais cansada, flácida e sem elasticidade, volume e hidratação.
Esse processo marca o início do processo de envelhecimento, que ainda pode ser acelerado por estresse, tabagismo, poluição, exposição solar, exercícios físicos intensos, entre outros.
O procedimento com fios PDO visa justamente ajudar a retardar ou prevenir esse processo, por meio da sustentação dos tecidos e do estímulo da produção de colágeno, conforme veremos adiante.
O que são os fios PDO
Existem diferentes tipos e modelos de fios de sustentação no mercado. Os fios PDO, junto com os fios silhouette, integram os tipos absorvíveis, ou seja, com efeito temporário.
Tratam-se de filamentos compostos de polidioxanona que são biocompatíveis e funcionam como bioestimuladores de colágeno.
É uma opção que apresenta resultados satisfatórios, sem oferecer riscos para o paciente. Podem ser aplicados tanto no rosto, quanto no corpo.
Além da ação lifting, também é eficaz no tratamento do envelhecimento da pele e de assimetrias faciais e na melhora do contorno e sustentação da pele, entre outros.
Uma curiosidade é que esse tipo de fio já era utilizado pelos cirurgiões, contudo para outras finalidades, como a sutura, popularmente conhecida como ‘ponto’.
Hoje em dia já existem modelos específicos para serem utilizados na estética.
Em quais casos os fios PDO são indicados
Os fios PDO são indicados no tratamento ou até mesmo na prevenção de flacidez tecidual leve e moderada.
Confira algumas circunstâncias onde eles apresentam bons resultados:
- Redução de rugas mais profundas
- Eliminação do “bigode chinês”, também conhecido por sulco nasogeniano, que é aquela linha que se forma da base do nariz até o canto da boca
- Tratamento das “linhas de marionete”, que também levam o nome de sulco labiomentonianos e representam aquelas marcas de expressão que vão do canto da boca até o queixo
- Atenuação das “bochechas de buldogue”, flacidez e acúmulo de gordura que deixam as bochechas com a aparência de caídas
- Elevação da maçã do rosto
- Redefinição dos contornos do rosto e do pescoço
- Delimitação da região da mandíbula, o que consequentemente contribui para a redução da papada
- Na glabela, espaço compreendido entre as sobrancelhas
- Suavização das rugas nos olhos, os famosos “pés de galinha”
- E até mesmo no corpo, em regiões como abdômen, braços, parte interna das coxas, entre outras.
As contraindicações deste procedimento
Apesar de ser um procedimento minimamente invasivo e totalmente seguro, a implantação dos fios PDO não é indicada para todo mundo.
Pacientes com excesso de pele, inflamações, infecções e tendência a queloides, por exemplo, não devem passar por este tipo de tratamento.
O mesmo vale para quem possui doenças infecciosas agudas, doenças somáticas crônicas, imunes não controladas e implantes na região de trajeto dos fios.
Diabetes, hipertensão, gravidez, lactação e o uso de anticoagulantes também podem contraindicar o procedimento.
Como se dá o implante dos fios PDO
O procedimento com fios PDO é realizado no próprio consultório, sob efeito de anestesia local, portanto, não causa qualquer tipo de dor.
Anestesia odontológica para harmonização facial: O que você deve saber
A consulta não costuma passar de uma hora. Inicialmente, o profissional faz marcações na face do paciente para sinalizar onde os fios serão implantados.
Em seguida, os filamentos são inseridos na região subcutânea do tecido por meio de microcânulas. A quantidade depende da área e do grau de flacidez.
Quando adotados com a finalidade de suspensão, uma tração tecidual é realizada na retirada da agulha.
Já quando o objetivo é o estímulo do colágeno, os fios são implantados em diferentes direções.
O procedimento não deixa nenhuma marca ou cicatriz, tendo em vista que as perfurações são mínimas e fecham imediatamente.
Em relação ao seu custo, depende de uma série de fatores, como a clínica e o profissional escolhidos, o tipo, o modelo de fio e a quantidade de filamentos que será utilizada, entre outros.
A atuação desses filamentos no combate à flacidez
O procedimento de implante de fios PDO atua de duas formas no rejuvenescimento da pele.
A primeira é pela própria inserção dos fios que, por meio de uma tração mecânica (ação lifting facial), promove a sustentação dos tecidos e ameniza a flacidez.
E a segunda é por meio da atuação da polidioxanona, que estimula a atividade das células indutoras de colágeno enquanto os fios de PDO estiverem implantados nos tecidos.
Através de um processo inflamatório controlado, os fios PDO estimulam a síntese de colágeno para tratar a flacidez tecidual. É essa ação que confere mais firmeza à pele
Cuidados pós-procedimentos
O fato de os fios PDO serem reabsorvíveis pela pele contribui diretamente para a recuperação do paciente, que se torna mais simples e rápida.
Mas é preciso ter em mente que, nos primeiros dias, pode surgir um leve inchaço, vermelhidão, hematomas locais e, em menor proporção, sangramentos.
Por isso, o recomendável é que o paciente aplique compressa de gelo no local nas primeiras 24 ou 48 horas. O uso de máscara de compressão ou bandagens também pode ser indicado.
A região em que foi realizada o procedimento também não deve ser tocada, pressionada, massageada e/ou movimentada excessivamente.
O paciente ainda deve evitar exposição ao sol, sauna e atividades físicas, bem como mastigar com intensidade.
De forma geral, esses e outros cuidados especiais não costumam se estender por 15 dias após o procedimento, mas o paciente pode retornar ao trabalho no mesmo dia.
Aparecimento e duração dos resultados
Por mais que exista uma promessa de efeito quase imediato, os resultados dos fios PDO surgem de forma progressiva.
Um leve lifting facial pode até ser percebido logo após o procedimento, mas os efeitos finais costumam aparecer mesmo entre seis a nove meses depois.
Já o estímulo à produção de colágeno costuma continuar por um período que vai de seis meses a um ano, mas os resultados ainda podem manter-se por até dois anos.
Após esse período, o mais indicado é que o paciente faça uma nova avaliação profissional para definir pela reposição ou realização de outros tratamentos.