Sintomas de cárie vão além da dor de dente

Sintomas de cárie

17/02/2021 | Por: OdontoBusca

Basta aparecer aquela leve dor no dente que automaticamente já pensamos na possibilidade de ser uma cárie. Mas a verdade é que os sintomas de cárie vão muito além desse sinal.

Inclusive, se você não sabe, a dor já costuma indicar evolução do caso. Então, esperar ela surgir para buscar ajuda profissional pode significar um tratamento muito mais complexo.

Antes da dor de dente, outros sintomas costumam aparecer. Por isso a importância de se inteirar sobre o assunto.

Saber quais são esses sinais de alerta que os dentes dão, além de entender o que é a cárie e como ela acontece, é essencial para evitar a evolução do quadro e futuras complicações.

E é justamente isso que você irá ver nesse artigo. Confira tudo que será abordado sobre o tema:

Sintomas de cárie variam de pessoa para pessoa

Cárie dentária: o principal problema de saúde bucal dos brasileiros

Entenda como a cárie se desenvolve

A cárie dentária é classificada em três tipos

Você provavelmente tem uma ideia errada sobre os sintomas de cárie

Os sintomas de cárie mais comuns

O que fazer se alguns sintomas de cárie surgirem

As complicações que as cáries podem causar

Como as lesões cariosas costumam ser tratadas

Sintomas de cárie variam de pessoa para pessoa

Sintomas de cárie

Sintomas de cárie vão além da dor de dente e variam conforme extensão da lesão

Primeiramente, é importante ressaltar que os sintomas de cárie não são os mesmos para todas as pessoas.

Cada indivíduo reagirá de uma forma, dependendo principalmente da localização e da extensão da lesão.

Além disso, conforme pontuado inicialmente, os sinais não se restringem à dor de dente. Pelo contrário, vários outros sinais podem indicar a existência da cárie.

Mas, antes de falarmos sobre os sintomas de cárie, é importante entender o que é este problema bucal e como ele se desenvolve.

Cárie dentária: o principal problema de saúde bucal dos brasileiros

Considerado o principal problema de saúde bucal dos brasileiros, a cárie dentária acomete pessoas de todas as idades.

Até mesmo os bebês correm o risco de desenvolvê-la, o que pode trazer sérios prejuízos para a formação dos dentes permanentes.

Algumas pessoas ainda podem apresentar predisposição para este problema bucal, como as que têm produção ineficiente de esmalte.

O mesmo vale para quem encontra-se em alguma condição que pode acabar prejudicando a produção de saliva, cujas propriedades protegem a cavidade bucal.

É o caso dos pacientes com diabetes descontrolada ou que estão passando por tratamentos quimioterápicos.

Entenda como a cárie se desenvolve

A cárie consiste em uma lesão relacionada diretamente aos hábitos alimentares e à higiene bucal realizada de forma inadequada.

Para ficar mais fácil de entender: nossa cavidade bucal acomoda diversos microrganismos. Enquanto uns compõem nossa flora bucal, outros podem causar danos aos nossos dentes.

Isso acontece principalmente quando nos alimentamos e não realizamos uma higienização oral eficiente.

Os restos de comida que se mantém na nossa boca acabam tornando-se combustível para atuação dessas bactérias.

É por meio deles que esses microrganismos se desenvolvem e aderem aos nossos dentes, resultando no acúmulo de placa bacteriana e, consequentemente, na perda de mineral.

Se consumimos itens que integram a dieta cariogênica, essa situação pode ser ainda pior.

Isso porque os microrganismos aumentam a produção de ácidos, o que impacta diretamente na diminuição do pH da nossa boca.

Quando o pH é inferior a 5,5 durante mais de 30 minutos, um processo de desmineralização é iniciado. Ou seja, as cáries surgem justamente se essa perda mineral acontece com frequência.

A cárie dentária é classificada em três tipos

cárie

Cáries são divididas em coronárias, radiculares e recorrentes

As cáries dentárias são divididas em coronárias e radiculares, conforme sua localização.

As coronárias acontecem tanto em crianças, quanto em adultos. São aquelas que costumam surgir entre os dentes.

Elas também podem se desenvolver na superfície oclusal, aquela parte de cima do dente que é utilizada na hora da mastigação, principalmente dos dentes posteriores.

Já a radicular é o tipo de cárie que aparece próximo à raiz do dente, sobretudo em adultos, por causa da retração gengival natural que acontece à medida que envelhecemos.

Também existem as cáries recorrentes. Aquelas que, mesmo após alguma obturação ou restauração, voltam a surgir. Isso em virtude do acúmulo de placas nessas partes que estão expostas.

Você provavelmente tem uma ideia errada sobre os sintomas de cárie

Em primeiro lugar, é preciso destacar que nem sempre as cáries causam sintomas ou até mesmo são visíveis.

No início do quadro, por exemplo, quando a placa bacteriana se acumula, as manchas brancas costumam aparecer primeiro.

E neste estágio, não é comum o paciente relatar sensação de dor ou qualquer outro sintoma.

Exatamente por isso que muitas vezes a cárie passa despercebida e só é diagnosticada quando se encontra em fase avançada.

Ou seja, a aparição dos sintomas de cárie vai depender diretamente da evolução da lesão cariosa. E o mais esperado é que apareçam quando a cavidade já está profunda.

E conforme vimos anteriormente, a dimensão e a localização também podem influenciar esses sinais.

Os sintomas de cárie mais comuns

Confira alguns dos sintomas de cárie mais comuns.

  • Alterações no esmalte do dente, que começa a perder o brilho e passa a ter uma aparência mais opaca e rugosa
  • Manchas na camada superficial do dente, que inicialmente se manifestam em tom esbranquiçado
  • Maior sensibilidade nos dentes, principalmente quando há contato com alimentos e bebidas geladas ou quentes demais
  • Incômodo na hora da mastigação, como sensibilidade e dor, sobretudo ao ingerir alimentos ricos em açúcar ou ácidos
  • Presença de cavidades ou pequenos furos, que podem ser facilmente percebidos por meio do toque ou até mesmo ao olhar no espelho
  • Manchas escuras, em tom acastanhado ou até mesmo marrom, quando o esmalte dentário já está deteriorado
  • Alterações na gengiva, como inchaço, sangramento e dor
  • Mau hálito ou gosto ruim na boca, ocasionado em virtude dos restos de alimentos que ficam presos nas lesões e acabam atingindo a polpa do dente
  • Incômodos na hora da escovação ou até mesmo ao passar o fio dental, que pode ficar preso entre os dentes
  • Sensação de que o dente está latejando
  • Dor intensa e contínua, geralmente quando a cárie atinge a polpa dentária

O que fazer se alguns sintomas de cárie surgirem

O profissional dentista deve ser procurado assim que os primeiros sintomas de cárie surgirem

O recomendável é não esperar a dor aparecer para procurar um profissional dentista. Mas assim que os primeiros sintomas surgirem, por menores que eles sejam.

Quando o dente apresentar um aspecto diferente e você começar a perceber que ele está perdendo o brilho já pode ser uma boa hora de agendar sua consulta odontológica.

Desta forma, fica mais fácil minimizar desconfortos e os riscos de o problema evoluir para doenças bucais mais graves.

Por meio da anamnese e do exame visual e tátil, o odontólogo irá observar a textura da região e analisar a dimensão do problema.

Se o diagnóstico de cárie for confirmado, o profissional dentista irá avaliar a extensão da lesão cariosa e se ela está em progresso (ativa), que merecem atenção redobrada, ou paralisada (inativa).

Em alguns casos, também podem ser necessárias a realização de exames radiográficos e a utilização de corante para detecção de tecido cariado.

Como as lesões cariosas costumam ser tratadas

Assim como acontece com os sintomas de cárie, o tratamento também irá depender da fase em que ela se encontra e da dimensão da lesão.

Quando os primeiros indícios aparecem, uma limpeza profissional para remoção da placa bacteriana acumulada e do tártato, bem como a aplicação de selante, podem ser úteis para prevenir sua evolução.

Mas se a cárie já tiver se desenvolvido, além de remover o tecido comprometido, o profissional dentista poderá realizar obturações e restaurações no dente atingido para restabelecer a forma dentária.

A diferença das duas técnicas está, basicamente, no material utilizado. A obturação é feita com amálgama, um elemento de cor prateada. E, por isso, é mais usada nos dentes posteriores.

Já as restaurações, que podem ser confeccionadas em resina ou porcelana, têm uma coloração mais parecida com a do dente e, em razão disso, são utilizadas nos dentes da frente.

Todavia, quando a cárie afeta a polpa dentária, o tratamento já é mais complexo. Antigamente, os dentes eram extraídos nesses casos. Agora, o tratamento de canal radicular com anestesia já costuma dar conta do recado.

Nos casos em que as extrações de dentes são necessárias, o espaço pode ser preenchido com próteses.

As complicações que as cáries podem causar

Se não tratada adequadamente, a cárie pode ocasionar inflamações e até mesmo infecções

É importante também se manter atento aos sintomas de cárie para iniciar o tratamento o mais rápido possível e, assim, evitar problemas futuros.

Entre as principais complicações ocasionadas pela evolução das lesões cariosas estão a inflamação gengival, a formação de abscessos, mais conhecida como bolsa de pus.

Se o quadro evoluir para uma infecção e atingir a raiz do dente, o problema pode ocasionar a perda dentária e até mesmo acometer outros dentes, assim como os ossos.

Como posso prevenir a formação de cáries?

A melhor forma de prevenir o surgimento e a evolução das cáries é por meio de uma alimentação equilibrada e de uma higiene bucal efetiva e constante.

Confira algumas dicas:

  • Escolha alimentos mais saudáveis, como frutas, legumes, verduras;
  • Evite consumir alimentos ácidos e açucarados com muita frequência, pois isso pode aumentar a exposição dos dentes aos ácidos produzidos pelas bactérias que vivem na nossa boca;
  • Beba bastante água, para estimular a produção de saliva e a neutralização da acidez bucal;
  • Escove bem os dentes após as refeições, com a utilização de creme dental fluoretado, para remover a placa bacteriana;
  • Dê uma atenção especial à escovação noturna, pois quando dormimos, a produção de saliva diminui, o que afeta a proteção natural da boca;
  • Utilize fio dental diariamente, para retirar restos de alimentos e limpar profundamente o espaço entre os dentes;
  • Faça visitas regulares ao dentista, para prevenir o surgimento ou desenvolvimento de doenças e manter sua saúde bucal em dia.

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