Você sabia que o preenchimento facial não se resume à suavização de rugas e marcas de expressão? A técnica, que integra a lista dos procedimentos estéticos mais procurados, possui várias outras aplicações.
Voltadas para o rejuvenescimento e harmonização orofacial, em sua maior parte, elas passam pela correção de desarmonias e assimetrias no sorriso e no rosto, remodelagens, entre tantas outras.
Mas ao contrário do que muitos pensam, sua finalidade não é exclusivamente estética. E isso vale na odontologia, principalmente, onde o preenchimento também pode ser adotado para tratar desordens funcionais e minimizar dores orofaciais, por exemplo.
Neste texto você vai entender como funciona o preenchimento facial, em quais casos ele é indicado, se existe algum risco ou contraindicação, entre outros detalhes. Confira os pontos que serão abordados:
O que é o preenchimento facial?
Como é feito o procedimento?
O que é e como funciona a toxina botulínica?
E o ácido hialurônico?
Em quais casos posso realizar o preenchimento facial?
Preenchimento facial além da estética
Existe alguma contraindicação?
Qual profissional é habilitado para realizar o preenchimento facial?
Possíveis reações
Cuidados e recuperação
Quanto tempo dura o preenchimento facial?
O que você vai conferir!
O que é o preenchimento facial?
O preenchimento facial é um tratamento estético também conhecido por bioplastia. É uma técnica caracterizada pela aplicação de substâncias modeladoras e biocompatíveis nas profundas camadas da pele.
Esses componentes atuam diretamente no preenchimento dos chamados sulcos faciais, das rugas e dos espaços entre as células justamente com o intuito de dar volume à essas áreas do rosto, além de suavizar marcas.
A harmonização orofacial também é outro objetivo do preenchimento facial, já que o procedimento ainda atua com a correção de assimetrias e melhoria dos contornos, por exemplo.
Como é feito o procedimento?
O preenchimento facial é um procedimento minimamente invasivo que é realizado de maneira simples e rápida, no próprio consultório.
Ele consiste na aplicação de substâncias abaixo da pele que contribuem, de diferentes formas, com o rejuvenescimento e harmonização orofacial. O ácido hialurônico e a toxina botulínica, popularmente conhecida como botox, são as mais comuns.
Embora utilize-se injeções com agulhas, a técnica é praticamente indolor. Isso porque anestesias locais costumam ser aplicadas na região do rosto onde deverá ser realizado o preenchimento.
O que é e como funciona a toxina botulínica?
Considerado o segundo procedimento estético mais realizado no mundo, sendo o Brasil o segundo país que mais o utiliza, a toxina botulínica é popularmente conhecida pelo termo “botox”.
Esta é uma substância produzida pela bactéria Clostridium Botulinum que provoca redução da força de contração muscular e relaxamento temporário do músculo atingido.
Isso tudo em virtude da inibição da atuação da acetilcolina, principal neurotransmissor associado aos neurônios motores que atua diretamente nos movimentos musculares.
Ou seja, a toxina botulínica bloqueia a liberação dessa substância na musculatura que, consequentemente, deixa de se contrair, o que resulta na paralisação dos músculos faciais.
E o ácido hialurônico?
Você certamente já ouviu falar que beber muita água faz bem para pele, mas talvez não saiba que isso tem relação com o ácido hialurônico.
Este é um ativo naturalmente produzido pelo nosso organismo que possui alta capacidade de retenção de água, o que ajuda a manter a pele lisa, firme e hidratada.
Mas com o passar dos anos, acontece uma diminuição natural da produção do ácido hialurônico. E isso acaba resultando no aparecimento das rugas e flacidez, por exemplo.
Os procedimentos com ácido hialurônico visam justamente devolver essa elasticidade, hidratação e vitalidade à pele, ao preencher esses espaços que surgem.
Em quais casos posso realizar o preenchimento facial?
O preenchimento facial pode ser utilizado de diversas formas e para atender diferentes objetivos. Conheça alguns dos mais comuns:
–Rugas: neste caso, a ideia é suavizar ou até mesmo remover as rugas e marcas de expressão e, com isso, garantir um aspecto mais jovial à pele.
–Olheiras: a técnica de preenchimento pode ajudar a suavizar as olheiras e, assim, amenizar a sensação de cansaço e trazer mais vitalidade ao rosto.
–Rugas estáticas: o procedimento também auxilia no tratamento das rugas estáticas, aquelas perceptíveis mesmo quando não há qualquer movimento no rosto.
–Cicatrizes: além das linhas de expressão, é possível ainda suavizar pequenas cicatrizes, como aquelas causadas por acnes, por exemplo.
–Bigode chinês: outra funcionalidade é a suavização do bigode chinês, linha de expressão que vai dos cantos do nariz até os da boca.
–Linhas de marionete: o preenchimento também trata as marcas que se estendem dos cantos dos lábios até o queixo, uma continuidade do bigode chinês.
–Sulcos labiomentonianos: outro tipo de ruga tratada por esta técnica são aquelas horizontais que ficam abaixo do lábio inferior.
–Lábios: o preenchimento ainda atua na remodelação dos lábios, seja melhorando sua simetria, garantindo mais volume ou devolvendo seu contorno.
–Mandíbula: assimetrias na região maxilar também podem ser corrigidas pela técnica de preenchimento
-Entre outras.
Preenchimento facial além da estética
Além dos casos mencionados, os cirurgiões-dentistas também costumam adotar a técnica de preenchimento em situações diretamente relacionadas com sua área de atuação. E não apenas para fins estéticos, mas também funcionais e terapêuticos. Algumas delas são:
–Sorriso gengival: atua na musculatura do lábio superior para que ele “trave” e a gengiva não se exponha de forma exagerada quando a pessoa sorri.
–Bruxismo: pode contribuir com o relaxamento dos músculos e articulações e, consequentemente, controle da contração que causa o bruxismo, condição de ranger ou apertar os dentes.
–Sorriso assimétrico: quando um lado dos lábios se contrai mais do que o outro ao sorrir, o preenchimento pode ajudar a interromper a movimentação do músculo do lado com maior abertura e promover mais proporção e simetria ao sorriso.
–Assimetria facial: assimetrias faciais causadas por bruxismo e mastigação unilateral, por exemplo, podem ser melhoradas com o preenchimento, que atuará na paralisação dos impulsos nervosos que ocasionam a contração.
–Dores orofaciais: a técnica também ajuda a aliviar dores causadas pelo excesso de contração da musculatura, como enxaqueca, cefaleia e disfunção temporomandibular (DTM).
–Tratamento da sialorreia: ainda é possível diminuir a produção de saliva e controlar a sialorreia, que caracteriza-se pela hipersalivação.
–Trismo: o preenchimento pode controlar a contração acentuada dos músculos da mastigação que causam o trismo, dificuldade de abrir a boca adequadamente.
-Entre outras.
Existe alguma contraindicação?
Pessoas que apresentem hipersensibilidade às substâncias ou que estejam com alguma infecção no local da aplicação são contraindicadas a realizar o preenchimento facial.
O mesmo vale para gestantes e lactantes, já que não existem estudos indicando se o procedimento é seguro ou não para essas mulheres.
Há, ainda, um sinal vermelho para quem tem problemas com a coagulação, mas as contraindicações não devem parar por aí.
Por isso faz-se importante e necessário consultar um profissional capacitado e experiente. Somente assim será possível saber se a técnica é ou não indicada para você.
Qual profissional é habilitado para realizar o preenchimento facial?
Apesar de ser mais comum recorrer à um dermatologista para realização do preenchimento facial, o procedimento também pode ser feito com um cirurgião-dentista capacitado.
A Resolução 176/2016 do Conselho Federal de Odontologia (CFO) é a normativa que autoriza a utilização da toxina botulínica e dos preenchedores faciais pelo cirurgião-dentista para fins terapêuticos funcionais e/ou estéticos.
Também existe a Resolução 198/2019, do mesmo órgão, que reconhece a Harmonização Orofacial como especialidade odontológica e lista as áreas de competência do cirurgião-dentista especialista nessa área.
Entre elas está o uso da toxina botulínica, preenchedores faciais e agregados leucoplaquetários autólogos na região orofacial e em estruturas anexas e afins e a intradermoterapia e o uso de biomateriais indutores percutâneos de colágeno.
Possíveis reações
Primeiramente, é importante ressaltar que cada pessoa reage de uma forma ao procedimento. Portanto, apesar de ser uma técnica simples, o preenchimento facial pode sim causar algumas leves reações.
Mas não há nada com o que se preocupar, pois os pacientes que passam por este tipo de tratamento costumam relatar apenas inchaço, vermelhidão e pequenos hematomas na região de aplicação. São efeitos colaterais que tendem a desaparecer rapidamente.
Cuidados e recuperação
Como edema e hematoma podem surgir após a realização do preenchimento facial, o recomendável é que o paciente evite a exposição ao sol. Isso para não correr o risco de o inchaço aumentar ou até mesmo provocar manchas na pele.
Ainda que não haja contraindicações em relação ao uso do protetor solar, é preciso ter cuidado com os produtos e substâncias que serão aplicadas no rosto após o procedimento. O ideal é consultar o profissional responsável pelo tratamento a respeito.
E, ao contrário do que muitos pensam, em caso de edemas, as massagens não são uma boa alternativa. Pelo contrário, esta conduta poderá acabar comprometendo o resultado do preenchimento facial.
Quanto tempo dura o preenchimento facial?
Apesar dos resultados do preenchimento facial já serem perceptíveis nos primeiros dias, seus efeitos são temporários. O tempo de duração vai depender da técnica adotada e do material utilizado, principalmente.
Mas estima-se que sua durabilidade, de forma geral, gire em torno de 6 a 12 meses. Ou seja, após esse intervalo, a musculatura voltará ao normal e será necessária uma nova aplicação.
Portanto, as pessoas que pensam em realizar o procedimento de preenchimento facial devem ter em mente que manutenções semestrais ou anuais serão necessárias para manter o resultado desejado.