Quando levar o bebê ao dentista é uma das principais dúvidas que assolam pais e mães.
Muitos ficam sem saber se é preciso esperar uma idade certa para marcar a primeira consulta odontológica ou até quando é possível aguardar.
E alguns, inclusive, questionam se realmente existe esta necessidade. Seja porque o bebê tem poucos dentes, não come doce ou não apresenta sinal de cárie.
Mas você sabia que a consulta com o odontopediatra vai muito além do tratamento de doenças bucais?
Neste texto, além de descobrir quando levar o bebê ao dentista, você vai entender os principais objetivos e vantagens deste tipo de consulta e como ela funciona, na prática.
Confira alguns pontos que serão abordados sobre o assunto:
Quando levar o bebê ao dentista?
O surgimento dos dentes de leite
A importância e a função dos dentes de leite
Consulta odontopediátrica: informação de qualidade
Prevenindo as doenças orais desde cedo
As quedas e os traumas bucais
Outros casos que demandam acompanhamento odontológico
A consulta odontopediátrica na prática
Ambiente lúdico
As principais dicas de higiene bucal
O que você vai conferir!
Quando levar o bebê ao dentista?
Uma pergunta que muitos pais fazem, principalmente os de primeira viagem, é quando levar o bebê ao dentista pela primeira vez.
Se existe ou não uma idade certa e, sobretudo, se há realmente esta necessidade já que se trata de dente de leite.
O medo do bebê estranhar, chorar e até traumatizar acaba sendo um dos fatores para que essa visita seja adiada. Ou até mesmo o fato dele ainda não comer doce.
Entretanto, o recomendável é que a primeira consulta odontopediátrica seja realizada assim que os primeiros dentes aparecerem.
Se não for possível, por qualquer motivo que seja, o ideal é que aconteça ainda no primeiro ano de vida do bebê. Mesmo se o bebê ainda não tiver nenhum dente.
Ainda assim, existem pessoas que optam por recorrer à ajuda de um profissional dentista antes mesmo do surgimento dos dentes. Entenda o porquê neste post.
O surgimento dos dentes de leite
Mas você sabe ao certo quando surgem os primeiros dentes? A verdade é que cada criança tem seu próprio tempo.
Ainda assim, existe uma cronologia da dentição que nos dá uma estimativa sobre a erupção dentária dos dentes de leite.
Geralmente os primeiros a surgirem são os incisivos centrais inferiores, entre seis e 10 meses de idade.
Aos sete meses, a expectativa é de que os incisivos centrais superiores e/ou os incisivos laterais inferiores comecem a aparecer.
Todavia, nesses casos, a erupção pode acontecer até os 12 e 16 meses, respectivamente.
Em seguida, podem vir os incisivos laterais superiores (9 a 13 meses) e os primeiros molares inferiores (12 a 18 meses) e superiores (13 a 19 meses).
Já os últimos dentes a surgirem, normalmente são os caninos superiores (16 a 22 meses) e inferiores (16 a 23 meses) e os segundos molares inferiores (20 a 31 meses) e superiores (25 a 33 meses).
Lembrando que esta é apenas uma previsão, pois cada bebê é diferente.
Alguns já podem apresentar o primeiro dentinho aos quatro meses, por exemplo, enquanto outros somente aos 14. E ainda assim pode estar tudo dentro da normalidade.
A importância e a função dos dentes de leite
Mais cedo ou mais tarde os dentes de leite serão trocados pelos dentes permanentes.
Por conta disso, é comum algumas pessoas acreditarem que eles não precisam de muitos cuidados. Mas isso não é verdade.
A expectativa é de que esta substituição seja concluída somente por volta dos 11 ou 12 anos de idade.
Além disso, apesar de temporários, são os dentes de leite que conduzem os dentes permanentes, que estão em crescimento abaixo da gengiva, à posição correta.
Outra função importante é a manutenção da integridade da arcada dentária em prol do adequado desenvolvimento da face e da boca da criança.
São os dentes de leite que também permitem que a criança mastigue e deglute os alimentos de forma correta.
Levar o bebê ao dentista: informação de qualidade
O odontopediatra é o profissional especializado na prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de problemas bucais em bebês, crianças e até adolescentes.
Portanto, a consulta odontopediátrica é a melhor forma de se informar e esclarecer dúvidas sobre diversos assuntos relacionados à saúde bucal dos pequenos.
Como, por exemplo, os cuidados que devem ser tomados no uso da mamadeira e da chupeta e como aliviar o incômodo do nascimento dos dentes.
É nela que o profissional dentista também fornece as devidas orientações sobre uma higiene oral adequada.
Qual é a melhor escova e pasta dental, a forma correta de realizar a escovação e quando iniciar o uso do fio dental e a aplicação de flúor são algumas das perguntas respondidas em consultório.
É por isso, inclusive, que alguns pais procuram o odontopediatra antes mesmo do surgimento dos dentes. Para estarem devidamente preparados quando esse momento chegar.
Prevenindo as doenças orais desde cedo
Agora que você já sabe quando levar o bebê ao dentista, é importante ressaltar também a importância da consulta odontológica na prevenção de doenças orais.
Engana-se quem pensa que os bebês não correm o risco de desenvolver cáries, periodontites e/ou erosões, por exemplo.
Essas e outras doenças orais podem surgir, principalmente, por conta de maus hábitos e uma higiene oral inadequada.
E o pior, ainda podem acabar causando desconfortos e dores nos pequenos e comprometer significativamente sua estrutura dentária.
Além de orientação aos pais sobre hábitos e práticas favoráveis à saúde oral do bebê, o profissional dentista acompanha o aparecimento dos dentes com esta mesma finalidade.
É por esta razão, inclusive, que o recomendável é que as consultas aconteçam de seis em seis meses, aproximadamente.
Além do acompanhamento, o diagnóstico e tratamento de qualquer problema se torna possível em seu estágio inicial, o que pode evitar futuras complicações.
As quedas e os traumas bucais
Uma situação que merece atenção e também uma visita ao dentista é quando o bebê cai e sofre traumatismos na região bucal.
Se for um caso grave ou acompanhado por outros sintomas, o recomendável é que o bebê seja levado primeiramente para um pronto socorro, mas isso não descarta a necessidade da consulta odontológica.
Isso porque, dependendo do nível de formação dentária e da intensidade da queda, a fratura pode comprometer o desenvolvimento dental.
A partir do relato dos pais sobre como aconteceu a queda, o profissional dentista irá realizar o exame clínico para avaliar a situação. E, se necessário, procederá com o devido tratamento.
Mas, acima de tudo, ele fará um acompanhamento do caso até o aparecimento dos dentes permanentes para constatar se houve ou não alguma complicação.
Outros casos que demandam acompanhamento odontológico
Além de esclarecer dúvidas, fornecer orientações, prevenir doenças bucais e acompanhar traumatismos, a consulta com um profissional odontopediatra também é indispensável nos seguintes casos:
-Quando o bebê apresenta algum tipo de sangramento na gengiva
-Se algum dente surgir com coloração diferente dos demais, principalmente se for escura
-Quando o bebê apresenta incômodo ou dor na alimentação e/ou higienização
-Se o bebê lascar ou quebrar algum dente
-Caso algum dente nasça torto ou afastado
-Entre outras.
Levar o bebê ao dentista na prática
O formato da consulta vai depender de uma série de fatores. Idade do bebê, quantidade e estado dos dentes, dieta alimentar e o perfil do profissional são alguns deles.
Mas, normalmente, o odontopediatra inicia com uma conversa com os pais para conhecer melhor a criança, seus hábitos e saúde.
Nesta etapa, ele pode perguntar sobre o uso de chupeta e mamadeira, se a mãe ainda amamenta, se o bebê chupa o dedo e consome açúcar, entre outras questões.
Alguns profissionais também pedem aos pais para levarem a escova e o creme dental que são utilizados com o bebê para avaliarem se os materiais estão adequados.
Caso contrário, eles já sugerem modelos melhores e os orientam sobre a forma correta de realizar a higiene oral.
Após essa conversa, o exame clínico é iniciado. Além de avaliar os dentinhos do bebê, o dentista realiza a limpeza e a aplicação de flúor, se necessário.
Ambiente lúdico
A boa notícia é que os consultórios dos odontopediatras estão cada vez mais preparados para receber os bebês e suas famílias.
Para garantir uma boa experiência aos pequenos, muitos profissionais vêm investindo em um ambiente colorido e repleto de brinquedos e desenhos animados.
Até mesmo os aventais de proteção, gorros, luvas e máscaras utilizados pelo odontopediatra ganham cores e estampas.
Atividades educativas lúdicas, como as que simulam a escovação em bonecos e pelúcias, também tem sido uma alternativa bastante adotada.
Tudo isso para ajudar o bebê a se familiarizar com o profissional e com o consultório. E também para já começar a incentivá-lo a respeito do hábito da escovação e de outros cuidados com a saúde bucal.
As principais dicas de higiene bucal
Uma higiene bucal correta também é primordial para prevenir doenças e garantir a saúde oral do bebê.
Por isso, o recomendável é que as escovações sejam feitas de duas a três vezes por dia, sempre após as refeições.
O ideal é que este processo seja realizado pelos próprios pais ou responsáveis.
Principalmente quando o bebê ainda é muito pequeno ou enquanto a criança não estiver com a coordenação motora definida.
Também deve ser priorizada o uso de escovas com cabeças pequenas e cerdas macias e creme dental com 1000 a 1100ppm de flúor, na quantidade de um grão de arroz.
O fio dental também pode ser indicado, principalmente para os bebês que têm um dente bem juntinho do outro.
Em suma, independente de quando levar o bebê ao dentista, os pais também precisam fazer sua parte e garantir uma adequada higiene bucal em casa.