Biossegurança em Odontologia: Medidas imprescindíveis para pacientes e odontólogos

Biossegurança em Odontologia

12/04/2021 | Por: Odonto Busca Redação

A biossegurança em Odontologia pode ser definida como um conjunto de ações voltadas para a prevenção e minimização de riscos inerentes às atividades desenvolvidas no ambiente de trabalho do odontólogo.

Ela é importante para garantir a saúde de dentista, auxiliares e pacientes. É, portanto, imprescindível e necessária. Por isso, estas medidas devem ser sabidas e adotadas, a fim de evitar contaminação e propagação de doenças.

Este artigo traz os procedimentos que devem ser adotados para o estabelecimento das boas práticas. Também aborda a classificação dos ambientes, o processo de higienização de instrumentos e outras ações da biossegurança em Odontologia. Acompanhe e fique por dentro de todos os detalhes.

Biossegurança em Odontologia

O que é biossegurança em Odontologia

Porque a biossegurança em Odontologia é essencial

Classificação de ambientes de acordo com o potencial de contágio

Os procedimentos de biossegurança em Odontologia

Higienização

EPIs

Vacinação

Higienização das mãos

Biossegurança em Odontologia e a pandemia do coronavírus

Agora você já sabe

O que é biossegurança em Odontologia

A biossegurança vai surgir toda vez que qualquer atividade profissional envolver riscos químicos, físicos ou biológicos. Ela engloba uma série de ações cujo objetivo é preservar a saúde de todas as pessoas envolvidas no ambiente ou durante o manuseio de material contaminante.

No cerne destas ações está a proteção contra doenças infecciosas. Por exemplo, patologias causadas pela transmissão de vírus, bactérias ou fungos, que podem ser transmitidas de uma pessoa para outra.

No consultório odontológico, o conjunto de ações de biossegurança se voltam para os procedimentos que garantirão a saúde e a segurança dos profissionais, dentistas e auxiliares, e do paciente, claro.

A biossegurança é procedimento fundamental em um consultório odontológico. Se você vai montar o seu, saiba nossas dicas. 

Porque a biossegurança em Odontologia é essencial

A configuração do consultório e as próprias ações inerentes à profissão do dentista requerem um olhar cuidadoso no que tange a segurança de profissionais e pacientes.

Pois, são instrumentos, cirurgias, cortes, sangue, saliva, medicamentos…. Como todo ambiente da área da saúde, o consultório do dentista também fica sujeito à contaminação. Portanto, os cuidados com biossegurança também se fazem necessários.

Vírus, bactérias e fungos podem se fazer presentes por meio da respiração do paciente ou da mão do dentista. Logo, podem estar impregnados em equipamentos ou no mobiliário. Uma coisa é certa: Os patógenos habitam o lugar e devem ser eliminados, combatidos e evitados.

Também, quando o procedimento envolve cortes e perfurações e, consequentemente há a presença de sangue, o risco se eleva. Além, claro, da proximidade entre paciente e cirurgião-dentista. Por isso, os procedimentos para resguardar a segurança são essenciais.

Classificação de ambientes de acordo com o potencial de contágio

Os ambientes de uma clínica odontológica são classificados em três categorias diferentes. Esta classificação é feita para organizar os cuidados com a biossegurança, de acordo com o risco de cada um desses ambientes.  São elas as áreas críticas, semicríticas e não-críticas.

Começando pelas não-críticas, são aquelas áreas onde não está prevista a circulação de pacientes. Ou seja, áreas restritas ao público, tais como a cozinha. Logo, nestes ambientes não há contato com possíveis patógenos.

Já as áreas semicríticas são aquelas que podem ter contato com possíveis patógenos, mas em um menor grau ou grau moderado. Aqui, também não há o acesso de pacientes. São locais geralmente frequentados somente por funcionários. Um bom exemplo são as lavanderias ou os laboratórios.

Por sua vez, quando a classificação é para áreas críticas, todos os alertas de cuidado devem ser ligados, implantados e observados. Nestes locais, além do acesso de funcionários, ocorre a circulação de pacientes ou acompanhantes. São áreas em que o contato com os patógenos também pode ocorrer, como é o caso do local de atendimento ao paciente, o centro cirúrgico, o lavabo e até mesmo a recepção. Estes locais devem ser desinfetados com alta frequência.

Os procedimentos de biossegurança em Odontologia

Já entendemos que a biossegurança é um conjunto de procedimentos que visam a segurança de pacientes e profissionais quando há risco de contaminação química, fisiológica ou biológica. Agora, vamos entender que procedimentos são esses que devem ser adotados pelos dentistas em seus consultórios a fim de garantir segurança para todos. Na sequência, abordamos e explicamos cada um deles.

Higienização

Biossegurança em Odontologia

 

A higienização é fundamental para evitar a contaminação entre pacientes. Além da higienização de ambientes de forma constante, sobretudo dos classificados como críticos, faz-se fundamental a higienização de instrumentos odontológicos.

Este procedimento inclui a esterilização e a desinfecção e é importante para evitar o que é chamado de contaminação cruzada, ou seja, de paciente para paciente. Portanto, quando um equipamento for utilizado em um paciente, antes de ser utilizado em outro, deve passar pela higienização total, o que evita a transmissão de doenças, caso algum deles seja portador de doenças infecciosas.

A esterilização e desinfecção também são importantes para evitar ou diminuir a chance de contaminação por qualquer patógeno que esteja no ambiente odontológico. Logo, a higienização de forma total, inclui a assepsia, a antissepsia, a limpeza, a desinfeção e a esterilização.  Entenda cada um deles.

  • Limpeza: Refere-se à remoção da sujeira mais superficial de um ambiente ou equipamento. Ela é feita antes da higienização mais profunda, que inclui a desinfecção e a esterilização.
  • Desinfecção: Remoção e eliminação de microrganismos patogênicos de instrumentos e equipamentos. Entretanto, não atinge esporos fúngicos.
  • Esterilização: Processo mais profundo de limpeza, o qual elimina todos os microrganismos.
  • Assepsia: Ações preventivas a fim de evitar que um local ou material seja contaminado.
  • Antissepsia: Ações que inibem o crescimento de microrganismos em um local, que inclui, inclusive, tecidos vivos.

EPIs

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) para Odontologia são feitos especialmente para proteger os profissionais do contato com microrganismos infecciosos. Eles são considerados básicos para a atividade.

Fazem parte desses equipamentos as luvas descartáveis, os óculos de segurança, o jaleco, o gorro, as máscaras e, ainda, um calçado fechado. Eles são exigidos por cumprirem papel importante na proteção de partes específicas do corpo humano contra a ação de agentes patológicos infecciosos.

Biossegurança em Odontologia

Vacinação

Quem trabalha na área da saúde deve cumprir uma programação de imunização, para a própria segurança. Sendo assim, essa imunização se dá por meio de vacinas, as quais protegem esses profissionais de várias doenças as quais podem estar expostos diariamente.

Muitas doenças infecciosas podem ser transmitidas pelo sangue, pelo ar ou por gotículas de saliva – todas estas, situações passíveis de acontecer em um consultório odontológico.

Logo, a importância de manter o cartão de vacinação sempre em dia e acompanhar as campanhas governamentais impostas devido a algum surto ou vírus reemergentes ou emergentes.

Dentre as vacinas exigidas pela biossegurança Odontológica estão as vacinas contra Hepatite B, Hepatite A, Gripe (Influenza), Varicela, Tuberculose, Tétano, Difteria, Coqueluche, Rubéola, Sarampo, Caxumba e, agora, desde 2021, Coronavírus.

Como você pode ter percebido, para muitas destas doenças, a imunização é feita ainda na infância. Mas, é sempre necessário conferir o cartão de vacinação para evitar eventuais falhas e perigos desnecessários.

Higienização das mãos

Por último, mas não menos importante, está a higienização das mãos. Esse simples ato feito com água e sabão é uma das formas mais eficazes de prevenir a transmissão de doenças.

Tanto que a Organização Mundial de Saúde programou um dia exclusivo para a conscientização sobre a prática – 5 de maio. A higienização correta das mãos deve durar cerca de dois minutos. A técnica prevê uma limpeza minuciosa das mãos, dedos e unhas. É muito importante lembrar que o uso de luvas não dispensa a higienização das mãos.

Inclusive, as mãos devem ser lavadas antes e depois de cada atendimento. Vale dizer que essa higienização não deve ser feita no mesmo espaço da limpeza dos instrumentos. Além disso, é recomendável retirar anéis e quaisquer outros adornos, além de manter as unhas curtas.

Biossegurança em Odontologia

Biossegurança em Odontologia e a pandemia do coronavírus

No período de pandemia do coronavírus, o conceito de biossegurança, não só na Odontologia, mas em todos os espaços de saúde ganhou ainda mais força. Nunca se falou tanto em higienizar as mãos corretamente, lavando-as e utilizando álcool em gel.

Outro procedimento que ganhou reforço foi o uso de máscaras. Tudo em prol de combater um vírus extremamente transmissível e infeccioso e, ainda, letal. Aos aparatos do dentista, soma-se agora a proteção acrílica por sobre a máscara.

O coronavírus, ao exigir a responsabilidade e o comprometimento de profissionais e de pacientes em relação a estes procedimentos básicos, acabou expandindo a cultura da higienização frequente para além dos ambientes de saúde.

Afinal, combater esse vírus letal é responsabilidade de todos.

Agora você já sabe

A biossegurança Odontológica é garantia de segurança para todos, profissionais e pacientes. Evita a transmissão de doenças infecciosas de forma direta ou indireta.

Por isso, que todos os protocolos para evitar contaminações devem ser seguidos à risca. Todas as áreas classificadas devem receber os devidos cuidados.

Usar os equipamentos de proteção individual, lavar as mãos, higienizar ambientes e instrumentos, assim como manter a vacinação em dia, fazem parte destas pequenas ações que fazem grande diferença.

Manter o consultório, os profissionais que ali trabalham e os pacientes seguros é obrigação do profissional. Quem não segue esses cuidados se mostra relapso e desatento às questões éticas que envolvem o coletivo. No mais, cuidado nunca é demais.

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