Dente de leite: Do nascimento até a troca pelos permanentes

dente de leite

08/03/2021 | Por: Odonto Busca Redação

Quando pensamos em dente de leite, imaginamos logo aquele sorriso lindo infantil. Os dentes de leite são próprios da infância, mas os seus cuidados cabem aos adultos. Aliás, que o digam os pais! Antes mesmo de nascerem, os dentes de leite já causam preocupação. Afinal, que bebê não chora de dor quando se aponta a primeira dentição?

Por não entenderem nem por terem maturidade suficiente, quem tem que orientar, supervisionar e muitas vezes botar a mão na massa tomando para si toda a reponsabilidade pelo cuidado com os dentinhos de leite são mesmo os pais.

Mas o que você sabe sobre eles? Os cuidados, a higienização bucal, a troca pelos permanentes, os possíveis problemas e seus tratamentos? Aqui, vamos trazer todas as informações que você precisa saber para ajudar uma criança a manter os dentes bonitos e saudáveis desde o início. Não fique por fora.

Dente de leite

Quais são os dentes de leite?

Incisivos

Caninos

Molares

O nascimento dos dentes

Principais diferenças entre o dente de leite e o permanente

Problemas que afetam o dente de leite

Fluorose dentária

Erosão dentária

Sensibilidade

Sai o dente de leite, entra o permanente

dente de leite

Dente de leite

Também chamado de dente decíduo ou primário, o dente de leite tem basicamente duas funções principais. A primeira diz respeito à mastigação, uma função inerente ao dente. A segunda é servir de guia para os dentes que substituirão os decíduos, ou seja, os permanentes.

O decíduo é o dente que surge durante a ontogenia, que é a fase de desenvolvimento do indivíduo. Sendo assim, o desenvolvimento dentário começa durante o período embrionário e os dentes tornam-se visíveis na boca durante a infância, quando há a erupção dentária, geralmente por volta dos seis meses.

Contudo, vale lembrar que essa idade pode variar, podendo acontecer um pouco antes ou um pouco depois. Essa variação geralmente fica entre os cinco meses e um ano de idade, podendo acontecer, ainda, mais precocemente ou tardiamente.

Quais são os dentes de leite?

Os primeiros dentes de leite a nascer são os dois da frente da parte inferior, por volta dos 6 meses de idade, como dito anteriormente. Inicialmente, todas as pessoas têm vinte dentes de leite, como é chamada a primeira dentição.

Somente depois da primeira infância, essa quantidade aumenta para 32 dentes permanentes. Cada um desses dentes é identificado por um nome e também por um número. Na primeira dentição, esses dentes são os incisivos, caninos e molares.

Incisivos

São os dentes centrais superiores, de numeração 51 a 61, e os incisivos centrais inferiores, de 71 a 81. Também inclui os incisivos laterais, que recebem numeração de 52 a 62 para a arcada superior e de 72 a 82 na arcada inferior.

Uma vez que compõem a parte frontal da arcada, são extremamente importantes para a estética e também para a fala. A principal função destes dentes é o cortar o alimento durante o processo de mastigação. Geralmente, são os primeiros dentes de leite a nascer, compreendendo um período que começa por volta dos seis meses e termina por volta de um ano e quatro meses.

Caninos

O grupo dos caninos é composto por quatro dentes, sendo dois alojados na parte superior e dois alojados na parte inferior. Respondem pelos números 53, 63, 73 e 83.

Na infância, as crianças o chamam de dentes de vampiro, pois possuem a ponta alongada, sobretudo, na parte superior. A principal função dos caninos é rasgar o alimento e direcioná-lo para os dentes subsequentes. Por vota de um ano e sete meses já integram a boca.

Molares

Os molares totalizam oito dentes que recebem os números 54, 55, 64, 65, 74, 75, 84 e 85. São os dentes responsáveis pela trituração dos alimentos. Graças ao formato com várias pontas, eles têm papel importante na digestão ao deixarem esses alimentos em pedaços bem pequeninos, moendo-os e esmagando-os.

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O nascimento dos dentes

Este processo começa por volta dos seis meses de idade e dura por vários anos. Para o bebê e para os pais, o despontar dos primeiros dentinhos é um processo um tanto quanto doloroso, de formas diferentes, obviamente.

Para aliviar a dor física do bebê e a emocional dos pais, que sofrem com os chorinhos de sofrimento do rebento, a dica é fazer massagem. A prática ameniza o desconforto e apazigua corações! Brincadeiras à parte, para por em prática a técnica, basta uma gaze limpa embebida em soro fisiológico.

Lave bem as mãos, embrulhe o dedo na gaze e faça movimentos circulares nas gengivas do bebê. Outro truque bastante utilizado pelos pais é dar para a criança mordedores, encontrados com facilidade no mercado de produtos voltados para recém-nascidos. Os mordedores também massageiam as gengivas.

Mas as dicas não param por aí. Alimentos e bebidas frias ou geladas contribuem para melhorar a sensação de alívio, uma vez que ajudam a diminuir os sintomas locais da inflamação.

Principais diferenças entre o dente de leite e o permanente

Os dentes decíduos possuem uma coloração mais esbranquiçada que a dos dentes permanentes e, até por isso, são chamados de dente de leite, pela tonalidade parecida com a da bebida.

Outra diferença entre eles diz respeito à quantidade. A boca da criança não possui espaço suficiente para acoplar todos os dentes que teremos na idade adulta. Por isso, temos 20 dentes de leite na infância e 32 permanentes. Na infância temos os incisos, os caninos e os molares. Na fase jovem adulta, juntam-se a eles os pré-molares, incluindo os sisos.

Estruturalmente falando, o dente de leite é menor que o permanente, embora a sua raiz seja mais longa e fina. Inclusive, esse é um fator pelo qual as cáries têm mais facilidade de alcançar a polpa do dente de leite.

Problemas que afetam o dente de leite

Como acabamos de dizer, a cárie é um desses problemas. Não só devido ao tamanho do dente, mas também pela higienização comumente precária nessa fase (já que a criança ainda não sabe cuidar bem dos dentes) e uma alimentação rica em açúcares.

Apesar de muitos pais não se importarem muito com cáries nessa fase alegando que os dentes de leite serão substituídos, a verdade é que deveriam redobrar a atenção! Se a cárie for profunda, além da dor que gera, poderá provocar uma mastigação inadequada e, consequentemente, levar à uma má alimentação, acarretando em outros problemas de saúde.

Mas, além da cárie, há outros problemas bastante comuns na primeira dentição, quase todos provenientes de uma má higienização. Conheça alguns deles.

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Fluorose dentária

Fluorose dentária é o nome que se dá ao excesso de flúor e seus efeitos sobre o esmalte do dente. A fluorose é responsável pelo aparecimento de manchas, péssimas para o quesito estética. Por isso, é muito importante observar a composição dos produtos usados na higienização dos dentes e sempre levar a criança ao dentista para acompanhamento e orientações.

As manchas causadas pela fluorose podem ser brancas (em sua fase inicial) ou mais escuras e amarronzadas em um estágio mais profundo da fluorose. Vale dizer que a fluorose não é uma doença, mas uma condição causada pelo excesso de flúor, como dito anteriormente. Por isso, seu maior incômodo se dá realmente na parte que atinge a estética do sorriso.

Entenda tudo sobre a fluorose e evite esse problema.

Erosão dentária

A erosão dentária é causada principalmente pela ingestão de substâncias ácidas e pelo próprio suco gástrico presente na cavidade bucal e está diretamente ligado ao padrão alimentar de cada um.

Estudos apontam o crescimento da erosão em pacientes, em número muito elevado nos últimos anos. Portanto, aconselham que os pais evitem oferecer às crianças alimentos muito ácidos, tais como refrigerantes, sucos cítricos, leite fermentado ou outras bebidas industrializadas.

Além disso, vale observar o quadro geral da criança. Crianças com quadros de ansiedade ou que apresentam muitos episódios de vômitos e refluxo provavelmente passarão também pelo problema da erosão dentária.

Sensibilidade

A sensibilidade dentária é um outro fator que pode acometer as crianças em sua primeira dentição. Essa condição merece atenção dos pais, visto que a dor e a sensação de incômodo podem ser causadas pelo desgaste da estrutura dentária e, ainda, estarem intrinsecamente ligada à outras complicações, tais como as cáries ou a erosão dos dentes.

Quando isso ocorre, a criança procurará evitar mastigar em cima dos dentes afetados, prejudicando a mastigação e a fala diretamente. Da mesma forma, reclamarão ao escovar os dentes e ao ingerir alimentos muito frios ou quentes. Estes são os principais sinais de que algo está errado e merece investigação junto ao dentista.

Como evitar a sensibilidade dentária.

Sai o dente de leite, entra o permanente

Passada a fase dos dentes de leite, é chegada a hora deles darem adeus à boca da criança para permitir a entrada dos dentes permanentes, ou seja, daqueles que nos acompanharão até os nossos últimos dias (se bem tratados por nós, claro!). Sendo assim, a troca de dentes tem início por volta dos seis anos de idade, mas pode variar de criança para criança. Já os últimos dentes permanentes chegam por volta dos 12 anos.

Quando o dente de leite se prepara para cair, ele amolece. Geralmente, ele não precisa de intervenções para concluir o seu processo de desligamento. Inclusive, não há necessidade nem de levar a criança ao dentista para arrancar os dentes, tampouco fazer uso de técnicas mirabolantes em casa.

Arrancar o dente de leite antes que ele cai por si só é recomendado somente quando este prejudica a fala ou a mastigação. Claro que, se esse for o caso, o ideal é procurar um odontopediatra.

Principais cuidados com o dente de leite

Aqui não tem segredo. Tudo começa com uma boa escovação. Ensinar a criança a escovar os dentes e a passar o fio dental é imprescindível. Mas como ainda são muito imaturos, o processo pede acompanhamento e orientação contínua dos pais.

O segundo principal cuidado é fazer visitas frequentes ao dentista, a cada quatro ou seis meses, dependendo do empenho e responsabilidade de cada criança. O dentista fará análises clínicas constantemente, identificando quaisquer problemas no seu início, e promovendo limpeza profunda e aplicações de flúor na quantidade e no tempo adequados.

Sendo assim, poderá indicar alguns tratamentos ainda para a fase da primeira dentição, como o ortodôntico e o tratamento de canal. Afinal, cuidar bem dos dentes de leite é dar as boas-vindas aos permanentes, os quais nos farão companhia por muito tempo!

Como evitar a cárie em bebês.

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