Com o passar dos anos é natural que a pele vá perdendo sua firmeza e fique mais flácida, mas hoje em dia já existem diferentes formas de correr atrás do prejuízo. Uma delas é a técnica com bioestimuladores de colágeno.
Trata-se de um procedimento estético minimamente invasivo, com resultados rápidos e naturais, que visa estimular a produção de colágeno. E, assim, recuperar a textura, sustentação e estética da pele.
Neste artigo, você vai entender de que forma isso acontece.
O que são os bioestimuladores de colágeno
A relação entre o colágeno e a flacidez
Procedimento também pode ser realizado no consultório odontológico
A aplicação dos bioestimuladores de colágeno
Bioestimuladores de colágeno mais utilizados
Como essas substâncias atuam no organismo
Os principais locais de aplicação
Quantas aplicações de bioestimuladores de colágeno são necessárias
Como é a recuperação do paciente
Tempo necessário para os bioestimuladores de colágeno fazerem efeito
O que você vai conferir!
O que são os bioestimuladores de colágeno
Em simples palavras, os bioestimuladores de colágeno são ativos que, quando injetados em determinadas camadas da pele, estimulam a produção de colágeno.
Mas você sabe de que forma isso contribui para o rejuvenescimento da pele?
É um recurso que apresenta excelentes resultados tanto no tratamento de flacidez, quanto de queda facial e lipoatrofia.
Seu principal objetivo é promover a reposição do volume e vigor da pele, a longo prazo, além de diminuir a flacidez das regiões de aplicação.
O que, consequentemente, deixa a face com uma aparência mais firme, radiante e jovial, com textura, sustentação e brilho na medida certa. E recupera, naturalmente, o contorno da face.
A relação entre o colágeno e a flacidez
Localizada na derme, a camada média da pele, o colágeno é uma proteína cuja principal função é manter a vitalidade das fibras e a sustentação da pele.
Isso significa que, quanto mais colágeno a pessoa tiver, mais firme e menos flácida a pele se apresenta, o que a deixa com um aspecto delicado e natural.
Contudo, a partir dos 30 anos, um processo de degradação natural dessa substância tem início. Estima-se que a perda de colágeno seja de aproximadamente 1% ao ano.
Além disso, as mulheres produzem menos colágeno do que os homens e, portanto, sofrem mais os efeitos do envelhecimento.
Como aparência cansada, flacidez, rugas profundas e perda de elasticidade, volume e hidratação natural da pele.
Importante destacar ainda que alguns fatores aceleram essa redução, como estresse, tabagismo, poluição, exposição excessiva ao sol, exercícios físicos intensos, entre outros.
Procedimento também pode ser realizado no consultório odontológico
Muita gente ainda não sabe, mas os bioestimuladores de colágeno, assim como outros procedimentos estéticos, também podem ser aplicados no consultório odontológico.
Isso porque a técnica compõe a harmonização orofacial, especialidade odontológica reconhecida pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO), por meio da a resolução nº 198/2019.
A área contempla um conjunto de procedimentos realizados pelo cirurgião-dentista em sua área de atuação, responsáveis pelo equilíbrio estético e funcional da face.
Entre eles, a intradermoterapia e o uso de biomateriais indutores percutâneos de colágeno com o objetivo de harmonizar os terços superior, médio e inferior da face, na região orofacial e estruturas relacionadas anexas e afins.
Também constam no documento o uso de toxina botulínica, preenchedores faciais e agregados leucoplaquetários autólogos.
Assim como a realização de procedimentos biofotônicos e/ou laserterapia, tratamento de lipoplastia facial, bichectomia e liplifiting, entre outros.
Para isso, o profissional precisa cursar um curso de especialização em harmonização orofacial, com carga horária mínima de 500 horas. Ou, em alguns casos, comprovar atuação efetiva em harmonização orofacial por pelo menos cinco anos.
A aplicação dos bioestimuladores de colágeno
Como os bioestimuladores de colágenos são compostos organicamente compatíveis, basicamente não oferecem contraindicações. Exceto para gestantes e pacientes autoimunes.
O procedimento de aplicação é muito parecido com o dos preenchedores injetáveis, como o ácido hialurônico.
Inicialmente, o profissional identifica as áreas que precisam de tratamento e depois distribui o produto nesses pontos da face, na derme profunda.
Isso tudo por meio de micro cânulas bem finas, que minimiza a sensação de dor, bem como os riscos de inchaços e hematomas.
Bioestimuladores de colágeno mais utilizados
As substâncias mais utilizadas como bioestimuladores de colágeno são a hidroxiapatita de cálcio, o ácido polilático e a policaprolactona, mais conhecidas por seus nomes comerciais: Radiesse, Sculptra e Ellansé, respectivamente.
Os fios de PDO também aparecem na lista. Confira os principais detalhes sobre cada uma delas:
- Hidroxiapatita de Cálcio – Radiesse: é mais indicada para amenizar rugas e marcas de expressão moderadas e graves, assim como tratar a perda de volume e minimizar a flacidez da pele. Age na recuperação da firmeza e elasticidade da pele, a partir do estímulo da produção natural de colágeno, e tem efeito de preenchimento imediato.
- Ácido Polilático – Sculptra: é uma ótima opção para atenuar sulcos, rugas e marcas de expressão, bem como melhorar o contorno facial e até corporal e dar sustentação para áreas com pouca mobilidade. Apesar de não ser preenchedor, possibilita um leve volume natural, se administrado com esse fim.
- Policaprolactona – Ellansé: este é um ativo mais indicado para peles maduras ou para pacientes que passaram por um severo processo de emagrecimento. Ajuda a recuperar o volume perdido decorrente da diminuição natural da gordura facial, além de deixar a pele com aspecto mais firme e sedoso. A desvantagem é que sua aplicação é um pouco mais desconfortável.
- Fios de PDO: é uma alternativa que utiliza fios compostos de ácido poliático para recuperar a sustentação do tecido facial. Atua tanto na promoção do efeito lifting imediato, sem a necessidade de cirurgia, quanto no estímulo de colágeno a longo prazo, por meio da bio estimulação.
Como essas substâncias atuam no organismo
Conforme já mencionado, os bioestimuladores de colágeno são substâncias degradáveis que são absorvidos pelo corpo, ou seja, totalmente compatíveis com o organismo.
De forma geral, eles provocam uma leve reação inflamatória na derme, a camada média da pele.
Isso com o objetivo de ativar as células que produzem o colágeno para que novas fibras que sustentam a pele sejam produzidas.
Os principais locais de aplicação
Os bioestimuladores de colágeno costumam ser aplicados em diferentes áreas do rosto, como bochecha, queixo, mandíbula, têmpora, papada, entre outras.
Mas é importante destacar que os locais de aplicação dependem muito da substância escolhida. Portanto, é preciso checar as indicações e contraindicações de cada uma delas.
Os fios de PDO, por exemplo, podem ser aplicados na face toda, inclusive na região que leva o nome de código de barras e nas pálpebras inferiores.
A Hidroxiapatita de Cálcio, além das regiões faciais, também pode ser usada nas mãos, pescoço, colo, parte interna de braço e joelhos.
Enquanto o Ácido Polilático é mais indicado para têmpora, região das orelhas e outras com pouca mobilidade, podendo ser usado ainda nos braços, coxas, glúteos e abdômen. E contraindicado na região dos olhos e boca.
Já a Policaprolactona não deve ser aplicada nos lábios e pálpebras, mas serve também para aplicações ósseas.
Quantas aplicações de bioestimuladores de colágeno são necessárias
A quantidade necessária de sessões é uma pergunta recorrente entre os pacientes interessados no procedimento com bioestimuladores de colágeno.
Em peles mais jovens, uma sessão pode ser suficiente tanto para melhorar o aspecto da pele, quanto para prevenir o envelhecimento.
Por outro lado, em peles mais marcadas, um maior número de sessões se faz necessário, assim como tratamentos combinados em alguns casos.
Isso significa que o número de sessões vai depender muito do grau de flacidez apresentado e da necessidade de cada paciente.
Mas, de forma geral, o protocolo costuma considerar entre uma e três sessões mensais ou bimensais, com manutenções anuais. Cada uma delas não costuma durar mais de uma hora.
Como é a recuperação do paciente
Outra grande vantagem da aplicação dos bioestimuladores de colágeno é que a recuperação acontece de forma rápida e sem demandar tantos cuidados especiais.
De forma geral, a área tende a ficar sensível e dolorida. Mas, ainda assim, o paciente pode retomar suas atividades no mesmo dia.
Desde que não envolvam esforço físico. Neste caso, o recomendável é aguardar pelo menos 24 horas.
Outra recomendação é acerca do uso de piscina e sauna, que devem ser evitados por conta do risco de contaminação.
Tempo necessário para os bioestimuladores de colágeno fazerem efeito
Uma das questões que costumam gerar grande ansiedade nos pacientes é em relação ao tempo necessário para os resultados aparecerem.
No caso dos bioestimuladores de colágeno, eles são duradouros, mas graduais. Geralmente, os primeiros efeitos são percebidos entre três e seis semanas após o procedimento.
E vão melhorando com o tempo, atingindo seu resultado final em um intervalo de aproximadamente três meses.
Estima-se que a produção de colágeno ainda continue por até 18 meses após o tratamento, mas é importante considerar que o resultado não é igual para todos.
A capacidade de produção de colágeno é uma questão muito individual que pode ser influenciada por diferentes fatores.
Tais como tipo de pele, idade e estilo de vida, como tabagismo, exposição excessiva ao sol, entre outras.
Além disso, as marcas de bioestimuladores de colágeno também podem apresentar variações entre si, inclusive com aparição dos resultados mais rápida ou prolongada.