Tenho que remover o aparelho ortodôntico para fazer ressonância magnética?

ressonância magnética

23/03/2021 | Por: Odonto Busca Redação

Uso aparelho ortodôntico e vou ter que fazer uma ressonância magnética. E agora? Será que tenho que retirar o aparelho antes? Ou será possível fazer o exame com o aparato na boca?

Essa é uma situação que pode acontecer. Portanto, é fundamental entender o que fazer. Este artigo aborda esta questão e traz a resposta que você precisa saber. Acompanhe!

ressonância magnética

Ressonância magnética

Antes de mais nada, vamos entender o que é o exame de ressonância magnética. A ressonância consiste em um método de diagnóstico por imagem, o qual não utiliza radiação. Sendo assim, permite retratar imagens de alta definição de órgãos do corpo humano. Por meio das imagens obtidas pelo exame, é possível fazer uma análise rápida e precisa de doenças neurológicas, ortopédicas, abdominais, cervicais e cardíacas.

Geralmente, este exame é indicado para diagnóstico de doenças degenerativas, coágulos, tumores e traumas. Além disso, o procedimento é muito eficiente para diagnosticar esclerose múltipla, tumores no cérebro e na glândula pituitária, infecções no cérebro e nas articulações, infecções na medula espinhal, lesões nos ombros, tendinite, derrame em estágio inicial, ligamentos rompidos no pulso, joelho e tornozelo.

Tratamento odontológico para pacientes com câncer.

Como é realizada a ressonância magnética?

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A ressonância magnética é considerada um dos maiores avanços do século em diagnóstico médico por imagem. Diferente dos outros exames de imagem, a captação das imagens por meio da ressonância magnética é um pouco mais demorada e varia de alguns minutos até uma hora, dependendo da área em estudo.

Sendo assim, orienta-se o paciente não se mexer durante o exame. Como a captação é lenta, qualquer movimento pode ser registrado e, assim, comprometer a qualidade do resultado das imagens. Estas são captadas por um aparelho chamado Magneto. O Magneto possui a forma de um grande cubo com uma abertura, por onde o paciente entra deitado.

Então, o equipamento cria um campo magnético que funciona como um ímã, onde as moléculas de hidrogênio do nosso corpo ficam alinhadas com o campo magnético. Em alguns casos, o contraste intravenoso é utilizado para ressaltar lesões e doenças.

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Precauções ao fazer o exame

Como o equipamento que realiza o exame de ressonância magnética trabalha com campo magnético, é extremamente importante tomar algumas precauções para a realização do exame. Por exemplo, não usar joias e maquiagem e, inclusive, o aparelho ortodôntico. O aparelho é composto de materiais metálicos. Apesar de não ser contraindicado realizar o exame de ressonância magnética com o aparelho ortodôntico, é fortemente recomendado retirá-lo.

O motivo para isso é que, em alguns casos, o metal dos aparelhos ortodônticos pode causar distorções nas imagens obtidas, ao causar interferências no processo. Como falamos, o equipamento de ressonância cria uma espécie de campo magnético no organismo para que os núcleos dos átomos de hidrogênio se alinhem e formem pequenos ímãs.

Então, ondas de rádio atravessam a parte do corpo que é examinada, produzindo uma vibração que é detectada e enviada a um computador. Sendo assim, acessórios em metal e o aparelho ortodôntico podem criar uma “barreira” para esse processo, impedindo que seja feito com excelência e prejudicando a captação de imagens, ou seja, o resultado final do exame.

Logo, é importante que exista uma boa comunicação entre a equipe médica solicitante do exame, o médico radiologista e a equipe odontológica que acompanha o paciente.

O aparelho ortodôntico

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Os pacientes que estão sob tratamento ortodôntico e usam aparelhos dentários podem fazer este exame. Neste caso, como falamos, a preocupação maior é em relação à interferência que ele pode causar, prejudicando os resultados da ressonância magnética.

Entretanto, essa preocupação se torna mais pertinente caso o objetivo do exame seja visualizar estruturas da cabeça e do pescoço. O metal do aparelho, nestes casos, pode prejudicar, sim, a qualidade da imagem.

Logo, uma dica interessante seja conversar com o ortodontista previamente para remover o arco e as bandas do aparelho fixo, mantendo somente os bráquetes. Desta forma, o comprometimento da qualidade da imagem será minimizado.

O magnetismo da ressonância magnética pode machucar os dentes?

Como explicado, o equipamento de ressonância magnética usa o Magneto, o qual gera magnetismo, formando um campo que permite a captação das imagens das partes do corpo, resumidamente falando. O magnetismo atrai objetos metálicos e, por isso, estes devem ser retirados antes do exame.

No caso do aparelho ortodôntico, se a captação for na região da cabeça ou do pescoço, poderá, sim, gerar um certo incômodo, já que suas partes metálicas também serão atraídas pelo Magneto. Contudo, os aparelhos fixos mais modernos são compostos por ligas metálicas de Cromo-Níquel, de maneira que as forças magnéticas geradas pelo aparelho de ressonância causam pouca ou nenhuma atratividade sobre estes metais.

Contraindicações da ressonância magnética

O exame de ressonância magnética é indolor, dura pouco tempo e é um excelente método diagnóstico. Mas o exame é, realmente, contraindicado para alguns casos.

Pessoas que tenham implantes eletrônicos, como marca-passo cardíaco, marca-passo cerebral, clip de aneurisma cerebral, stents, pinos, parafusos ou placas no corpo não devem fazer a ressonância magnética. O exame também não é indicado para mulheres grávidas.

Antes da ressonância magnética

Além de observar estes pré-requisitos para fazer a ressonância magnética, é necessário, ainda, realizar alguns preparos. São eles:

Evitar comer e beber aproximadamente 4 horas antes caso o exame seja na região abdominal ou pélvica.

É aconselhável ir ao banheiro antes, para que não haja a necessidade de interromper o exame.

Devido ao campo magnético, o paciente deve entrar na sala de exames sem nenhum objeto metálico (brincos, relógio, piercing, pulseiras, etc).

Em alguns casos, o paciente precisa usar contraste para realçar as imagens de algumas estruturas ou órgãos.

Conheça os tipos de ressonância

A ressonância magnética, devido às características que fazem dela uma ferramenta médica poderosa, possui grande abrangência na Medicina e na Odontologia. Ela é utilizada em várias áreas, tais como a neurologia, a ortopedia, a cardiologia, a angiologia, entre muitas outras, sendo de grande importância tanto na rotina quanto em situações de emergência.

Já que é um exame tão abrangente, são muitas as possibilidades de tipos de exames e diagnósticos. Conheça alguns no texto que segue.

Magnética com contraste

Para a realização do exame, pode ser necessária a administração de meios de contraste por via endovenosa, a fim de melhorar a definição de estrutura. O uso do meio de contraste endovenoso destaca as estruturas vasculares, ou seja, as veias e as artérias, e os tecidos por ela irrigados, aumentando, assim, a sensibilidade do exame na detecção de doenças que podem não ficar evidentes sem o contraste.

O meio de contraste endovenoso usado neste exame é o contraste à base de gadolínio, um contraste seguro, cuja composição se difere dos contrastes iodados utilizados na tomografia computadorizada, sendo muito raras as reações adversas.

Da coluna

Quando este exame é realizado na coluna, serve para auxiliar o médico no diagnóstico e avaliação da resposta aos tratamentos estabelecidos em distintas patologias. O exame está aconselhado, entre outras, no estudo das seguintes hérnias discais (de disco), espondilose (artrose da coluna), espondilolistese (deslizamentos vertebrais), estenose vertebral (aperto na coluna), fraturas da coluna, desvios da coluna vertebral (cifose, lordose e escoliose), doenças inflamatórias ou desmielinizantes e tumores benignos ou malignos (cancro).

Nuclear magnética

A ressonância nuclear magnética apresenta uma semelhança com a tomografia computadorizada, uma vez que também realiza cortes das estruturas corporais, porém com maior nível de detalhamento e nitidez. A ressonância nuclear magnética geralmente é utilizada como uma técnica de diagnóstico de grande sensibilidade para detectar alterações específicas do corpo.

Por exemplo: Estrutura das articulações e ossos; informação sobre a morfologia dos órgãos abdominais; aneurismas, tumores cerebrais e medula óssea; acidentes cerebrovasculares; problemas nos discos intervertebrais; estrutura do coração e aorta. Este exame permite, também, definir a anatomia do cérebro e avaliar a integridade do sistema nervoso central após um traumatismo.

Da cabeça

ressonância magnética

Este tipo de ressonância, realizada no crânio, é importante no diagnóstico das seguintes patologias: Tumores benignos e malignos (cancro), aneurisma, Acidente Vascular Cerebral (AVC), neurofibromatose, epilepsia, malformações cerebrais, esclerose múltipla, Doença de Alzheimer, Doença de Parkinson, meningite (inflamação das meninges), otites (inflamações do ouvido), traumatismos e hematomas.

Lombar

A ressonância magnética da coluna lombar é indicada para detectar as seguintes alterações: Hérnia de disco lombar, estenose lombar (estreitamento do canal espinhal, que contém a medula espinhal e nervos), inflamação ou irritação do nervo ciático, artrose lombar (causa formigamento ou dormência nas pernas), compressão, protrusão discal lombar, espondilolistese (fratura por estresse de uma vértebra) e síndrome da cauda equina.

A ressonância magnética na Odontologia

O exame de ressonância magnética é um exame que tem as suas aplicações na área da Odontologia. Inclusive, é considerado o único exame de imagem capaz de diagnosticar o deslocamento de disco articular em doenças da articulação temporomandibular (que liga o maxilar ao crânio).

Saiba também sobre as radiografias e suas indicações na Odontologia.

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