Odontofobia: Por que o medo do dentista e como superar essa situação

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09/04/2021 | Por: Odonto Busca Redação

Não é novidade para ninguém que muita gente tem medo de dentista. O nível desse medo para algumas delas é incontrolável. Nesse caso, chamamos de odontofobia.

A odontofobia é, geralmente, causada por algum trauma anterior, muitas vezes, desenvolvido na infância. Mas, é possível superar e ter uma relação saudável com o dentista. Afinal, precisamos desse profissional pelo menos uma vez por ano.

Este artigo almeja trazer soluções para pessoas que sofrem de odontofobia, ou seja, os odontofóbicos. Leia até o final e saiba porque isso ocorre, os sintomas que apontam o desenvolvimento desta condição e seus tratamentos.

odontofobia

O que é odontofobia

Sintomas da odontofobia

Porque a odontofobia deve ser tratada

Prejuízos indiretos

Tratamentos para odontofobia

Sinais claros de que você precisa de ajuda

O que é odontofobia

A odontofobia é uma condição médica séria. Pode ser traduzida como um medo intenso de ir ao dentista, um pavor incontrolável. A fobia é um medo intenso e irracional.

Diferente de ter, simplesmente medo de dentista, o que pode ser chamado de ansiedade odontológica, a odontofobia gera um sentimento aterrador. Quem sofre desse mal, não consegue nem pensar em ir ao dentista.

Tem dificuldades para entrar no consultório e pode sofrer consequências terríveis desencadeadas pela fobia, ou seja, pelo pânico. É um medo intenso ou pavor. Pessoas com medo de dentista não são só ansiosas, mas ficam aterrorizadas e com pânico.

Já os que sofrem de ansiedade odontológica vão sentir uma sensação de desconforto quando chegar o momento da consulta. Estas pessoas vão se preocupar excessivamente e podem ficar com medo sem razão aparente. Mas a situação é muito mais amena do que acontece com o odontofóbico.

Sintomas da odontofobia

Mas o que sente e como age a pessoa acometida pela odontofobia? Como identificar que é hora de procurar ajuda médica? Quem sofre de odontofobia dá sinais claros. Como enfatizamos anteriormente é diferente de ter medo do dentista.

Quem tem medo do dentista vai, enfrenta e supera porque sabe que é importante e essencial. No caso da odontofobia a situação se agrava. O medo se instala dias antes de ir ao dentista, já quando a consulta é marcada.

A ansiedade, então, toma conta dos pensamentos dessa pessoa, que se transforma e piora a medida que a consulta se torna mais próxima. Além da ansiedade e do medo, essas pessoas tendem a ter, também, insônia. Sobretudo, na noite anterior à visita ao dentista.

Esses sintomas são sinais de que o medo dominou a mente e as emoções da pessoa odontofóbica. Ela já não pensa em mais nada, somente no pavor de lidar com esta situação específica.

Enfim, no dentista, o nervosismo e o choro podem e, geralmente, afloram em abundância. Há de se mencionar a falta de ar. Esta condição psíquica condiciona a mente a sofrer só de ver alguém vestido em jaleco, um instrumento odontológico ou qualquer outra situação que remeta à experiência na cadeira do dentista. Até mesmo se for em um filme!

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Por que a odontofobia deve ser tratada

Em primeiro lugar, porque é uma condição ruim, um estado de pânico. Ou seja, é uma doença que interfere diretamente na qualidade de vida das pessoas.

Em segundo lugar, porque é um medo tão extremo que pode acabar impedindo que pessoas que precisem de tratamento odontológico deixem de fazê-lo.

Esse cenário, consequentemente, desencadeia uma situação ainda pior: o agravamento de doenças bucais de forma severa, com graves consequências para o paciente. Vale lembrar que algumas infecções, se não tratadas, podem levar o paciente à consequências graves.

Somente nos Estados Unidos, a odontofobia acomete cerca de quarenta milhões de pessoas. Destes quarenta milhões de pessoas, mais de catorze milhões não frequentam os consultórios odontológicos, por ficarem paralisados e impedidos pelo medo.

Prejuízos indiretos

Além dos prejuízos diretos citados anteriormente, como o desenvolvimento e agravamento de doenças periodontais, por exemplo, há, ainda, os prejuízos indiretos.

Como não cuidam adequadamente das doenças bucais, estas pessoas tendem a terem dentes danificados ou com coloração alterada. Às vezes, perdem até mesmo os dentes e não fazem nada para corrigir a situação.

Estas ocorrências contribuem para deixar as pessoas inseguras com a sua aparência. Consequentemente, elas podem vir a sorrir menos e a tentar manter as suas bocas parcialmente fechadas quando falarem. Nestes casos, identificamos dois grandes malefícios: para a autoestima e para a fala.

Estas situações impactam profundamente a vida social e profissional destas pessoas. É por isso que cuidar desta fobia é cuidar da qualidade de vida. Além disso, pessoas com odontofobia podem estar sujeitas a uma saúde ruim e a uma expectativa de vida menor.

Isso se dá por conta da saúde bucal precária, que tem relação com algumas condições que apresentam risco de vida, como doenças cardíacas e infecções pulmonares.

Também vale mencionar que pessoas tensas tendem a ter um baixo limiar de dor, o que pode ocorrer em quem tem ansiedade odontológica ou odontofobia.

É importante mencionar isso porque essas pessoas tendem a sentir mais dor do que outras, ou seja, podem sentir dor quando outras pessoas não estariam sentindo, por exemplo. Elas podem até precisar de anestesia extra.

Pior! Podem, inclusive, desenvolver problemas relacionados ao estresse em outras partes do corpo, como apresentar dores de cabeça, rigidez muscular no pescoço ou nas costas. Em alguns casos, podem ter náuseas e se sentirem muito doentes.

Tratamentos para odontofobia

A odontofobia é uma doença psiquiátrica, um transtorno mental. Portanto, ela requer ajuda médica de profissional especializado. Psicólogos e terapeutas também são indicados para o tratamento da doença.

O psiquiatra, por sua vez, poderá receitar remédios, dependendo do grau da odontofobia apresentada pelo paciente. A maioria dos casos de odontofobia surge de uma situação ruim ocorrida no dentista.

Por isso, é importante que esta pessoa entenda que uma situação não define todas as outras. Aliás, é importante entender que a maioria dos procedimentos não causam nem dor e que se dar uma chance de superar esse estresse emocional pode ser crucial para superar, também, a doença.

Causas da odontofobia e da ansiedade odontológica

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Vários podem ser os motivos para o desenvolvimento da odontofobia e da ansiedade odontológica. Dentre estas causas, estão os traumas e a dor, por exemplo.

A dor, geralmente, é indicada pelos pacientes como um bom motivo para não ir ao dentista. O medo da dor é mais comum em adultos com 24 anos ou mais.

Talvez, estes pacientes tenham experimentado procedimentos invasivos ou realmente dolorosos e, para os quais, hoje, já existem alternativas indolores.

No caso da odontofobia, muitas vezes, o medo é irracional e pode estar ligado à falta de controle da situação, desencadeando todo o processo de medo e pavor.

Estas pessoas, quando se veem sentados na cadeira do dentista, precisam ficar imóveis, a mercê do profissional. Sendo assim, sentem que não conseguem ver o que está acontecendo ou prever o que pode vir a machucá-los.

É comum que as pessoas se sintam desamparadas e sem controle da situação, o que pode acabar sendo um gatilho para a ansiedade. Assim também é quando o motivo é o constrangimento.

Uma vez que a boca é uma parte íntima do corpo humano, algumas pessoas podem se sentir constrangidas ou ficarem com vergonha por ter um estranho olhando para dentro delas.

Esta situação pode se agravar quando estas mesmas pessoas estão cientes do estado dos seus dentes e sentem vergonha deles. Além disso, tratamentos odontológicos também demandam proximidade física. Durante um procedimento, o dentista pode ficar com o rosto a poucos centímetros do seu, e há quem fique ansioso e desconfortável com isso.

Sinais claros de que você precisa de ajuda

Neste artigo, você pode entender um pouco mais sobre a odontofobia, ou seja, o medo irracional de ir ao dentista. Também viu que há uma diferença entre odontofobia e ansiedade odontológica.

Descobriu, ainda, que é uma doença e que pode e deve ser tratada em nome da qualidade de vida e, sobretudo, devido às complicações de saúde que pode acarretar em algumas pessoas.

A odontofobia tem sintomas e é de fácil identificação. Além disso é uma condição extremamente comum e afeta muitas pessoas em todo o mundo. Suas causas podem ser diversas. Entretanto, lembre-se de ligar o sinal de alerta e procurar ajuda se você se encaixar em algum desses sintomas:

  • Tensão ou insônia nas noites anteriores à consulta com o dentista
  • Nervosismo exacerbado na sala de espera do consultório odontológico
  • Choro e ansiedade só de pensar na consulta e, principalmente, ao ver pessoas com jaleco, instrumentos ou sons dos instrumentos dentários
  • Mal-estar ou náuseas na hora de ir à consulta
  • Falta de ar e/ou pânico durante a consulta

Se você se encaixa em algum destes casos, pode ter certeza: É hora de procurar a ajuda de um médico psiquiatra ou de um terapeuta ou psicólogo. A odontofobia e ansiedade odontológica têm cura e devem ser tratadas. Afinal, qualidade de vida é fundamental. Mais do que isso: não se colocar em risco é essencial.

Ir ao dentista faz parte de uma rotina de cuidados com a saúde, imprescindível para todos.  Não podemos correr riscos de agravamentos de problemas bucais por causa do medo. Superar essa condição é primordial e possível.

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